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Google e Microsoft bloquearão buscas de imagens de abuso infantil

Google anuncia nova tecnologia que permitirá ao grupo bloquear um grande número de buscas de pornografia pedófila na internet

eric schmidt (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 12h39.

O Google e a Microsoft bloquearão até 100 mil termos que costumam ser utilizados para buscar imagens de abuso infantil na internet, informou nesta segunda-feira (18) "The Daily Mail".

Em artigo no jornal, o executivo-chefe do Google, Eric Schmidt, confirma que uma equipe especializado de 200 pessoas introduziu novos algoritmos nos sistemas de busca para garantir que ao introduzir essas palavras-chave não apareçam resultados.

"Essas mudanças limparam os resultados para cerca de 100 mil pedidos de busca que podem estar relacionados ao abuso sexual de menores", explica Schmidt.

O dirigente da Google adianta que, após ser testado no Reino Unido, o sistema de bloqueio se estenderá para outros países de fala inglesa e, nos próximos seis meses, será traduzido para outros 158 idiomas.

A Microsoft, que opera o Yahoo! e o Bing, também bloqueou a obtenção de resultados em seus buscadores.

Além disso, cerca de 13 mil termos relacionados ao abuso sexual de menores gerarão advertências sobre a ilegalidade da atividade e oferecerão aos usuários o contato de centros de ajuda.

Em entrevista ao jornal, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, classificou como um "avanço significativo" a decisão tomada por Google e Microsoft - que primeiro haviam se negado a censurar os conteúdos - e lembrou que, se essas empresas "descumprirem seus compromissos", criará legislação para obrigá-las.

As organizações de proteção da infância alertaram, no entanto, que a maioria das imagens de abusos de crianças não é obtida através de buscas pela internet - está em redes ocultas de pedófilos.

Em resposta, os dois gigantes da informática concordaram em colaborar com a Agência Britânica Contra o Crime para identificar as redes que contêm esse tipo de imagens ilícitas.

A agência anunciou ainda que trabalhará com o FBI americano para desmantelar as redes de pedófilos que se comunicam entre si e trocam material através de códigos encriptados.

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