Tecnologia

Google ameaça processar site que extrai MP3 de vídeos

Google pede que YouTube-MP3 interrompa o serviço ou poderá ser acionado na justiça; segundo empresa, site recebe 1,3 milhão de visitantes por dia

Em carta enviada ao YouTube-MP3, Google pede que serviço seja interrompido ou site será acionado na justiça (Getty Images / Scott Olson)

Em carta enviada ao YouTube-MP3, Google pede que serviço seja interrompido ou site será acionado na justiça (Getty Images / Scott Olson)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 19 de junho de 2012 às 16h58.

São Paulo – A contínua saga contra a pirataria na internet ganhou hoje um novo capítulo. O Google, dono do YouTube, está ameaçando processar o site YouTube-MP3, cuja especialidade é extrair arquivos de MP3 de vídeos. Uma atividade que facilita o acesso e compartilhamento de conteúdo protegido por copyright.

A suspeita do Google, segundo informa o Torrent Freak, é que o site estaria usando a Interface de Programação de Aplicações (API, em inglês) do YouTube para extrair arquivos e convertê-los em MP3. O ato, segundo Harris Cohen, advogado da empresa, é contrário às disposições do “Termo de Serviço” da API.

E é justamente em tais termos que o Google embasou a notificação enviada ao dono do YouTube-MP3, conhecido apenas como “Philip”. Nela, Cohen lembra que o ato de separar, isolar ou modificar os componentes audiovisuais do conteúdo do YouTube, e que pode ser acessado através da API, é veemente proibido.

Por fim, o advogado deixa o aviso de que, caso o site continue a violar tais termos, estará sujeito a ações na esfera judicial. De acordo com estimativas do Google, o YouTube-MP3 recebe, diariamente, 1,3 milhão de visitantes.

O outro lado

Em sua defesa, Philip publicou uma nota na qual explica uma série de pontos. Em um deles, nega que o serviço use a API dou YouTube para extração de vídeos. Além disso, disse ter tentado entrar em contato com o Google para “encontrar uma solução”. O pedido, porém, não foi atendido.

Philip disse ainda se recusar a fechar um serviço que atende a “dezenas de milhões” de pessoas. Ele questiona a ação da empresa ao lembrar episódios recentes nos quais o próprio Google foi acusado de violação de direitos autorais. Na Alemanha, citou, grandes veículos de imprensa não gostaram da ideia de ter seu conteúdo exposto no Google News. Uma questão polêmica que envolveu, inclusive, a intervenção do governo alemão. 

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