Tecnologia

Google abre seu primeiro "showroom"

A Google inaugurou hoje um lugar para mostrar seus novos produtos que poderia ajudar a gigante da Internet a decidir se deverá abrir lojas

Google: lugar de exposição estará aberto até o final do ano (Spencer Platt/Getty Images)

Google: lugar de exposição estará aberto até o final do ano (Spencer Platt/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 08h50.

Última atualização em 29 de maio de 2020 às 16h32.

Não é exatamente uma loja, mas pode-se dizer que a Google debutou nesta quinta-feira (20) no comércio físico, em um possível prelúdio de uma batalha com a Apple nesse terreno.

A Google inaugurou hoje, no bairro do Soho, em Nova York, seu primeiro "showroom", um lugar para mostrar seus novos produtos que poderia ajudar a gigante da Internet a decidir se deverá abrir lojas e competir nesse âmbito com sua grande concorrente californiana.

Esse lugar de exposição "estará aberto até o final do ano e será o único que o Google abrirá", disse uma porta-voz, Chrissy Persico.

Segundo Persico, não se trata de um ensaio, mas de uma "extensão da operação de lançamento" do novo smartphone da Google, o Pixel.

"Queremos que as pessoas venham e possam provar nossos produtos", explicou.

Duas semanas depois de ter anunciado o primeiro smartphone "feito pela Google", o gigante de Mountain View apostou em atrair os consumidores para sua primeira "loja" em Nova York. Ali, não se pode comprar nada, porém, os vendedores conduzem os potenciais clientes à sua página na Internet e aos operadores telefônicos que vendem seus telefones.

O espaço, de 400 m² e design cuidadoso, tem produtos para se testar, entre os quais se destacam tanto os novos telefones quanto suas últimas inovações em matéria de inteligência artificial (Google Home) e de realidade virtual (DreamView).

Batalha de plataformas

Os clientes caminham desde a entrada sobre um quadro gigante feito de 400 quadrados móveis de cores brilhantes que representam seu caminho ao "hardware". A empresa contratou uma dupla artistas do Brooklyn, Faile, para desenhar os corpos dos celulares.

Pela manhã, a "Google pop-up store" contava com poucos clientes, cerca de 30, muito longe das multidões que costumam acompanhar a inauguração das lojas da Apple. São oito apenas em Nova York e mais de 250 nos Estados Unidos.

"Me interessam as tecnologias, por isso gosto de passear por essas lojas", disse o estudante Ravi Lakshmanan, da Universidade de Columbia.

"A Apple está um pouco atrasada em termos de automação, onde a Google tem vantagem, mas não se compara em marketing... Haverá uma grande batalha de plataformas e será interessante de ver", disse.

Embora a capitalização financeira não tenha chegado ao auge registrado em 2015, a Apple continua sendo a número um mundial. E, para o exercício encerrado em setembro de 2015, o grupo registrou um lucro líquido de 53 bilhões de dólares, o dobro daquele no último ano de gestão de Steve Jobs.

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