Tecnologia

Gmail e Google Docs agora funcionam sem internet

O Google está liberando aplicativos para o Chrome que permitem usar Gmail, Google Docs e Agenda sem acesso à internet no computador

O acesso offline é útil em viagens aéreas e outras situações em que não há conexão com a internet (opacity/Flickr)

O acesso offline é útil em viagens aéreas e outras situações em que não há conexão com a internet (opacity/Flickr)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 27 de junho de 2014 às 16h10.

São Paulo — Uma óbvia necessidade dos usuários começa a ser atendida pelo Google. A empresa está liberando aplicativos para seu browser Chrome que permitem o acesso ao Gmail, ao Google Docs e à Google Agenda mesmo com o computador desconectado da internet. É algo muito útil numa viagem aérea e em outras situações em que o acesso à internet não está disponível.

A empresa já havia antecipado que ofereceria esse recurso em maio, durante a conferência Google IO 2011. O novo aplicativo do Gmail é baseado no programa do Google para tablets, que já funciona sem acesso à internet. O aplicativo permite que, com o computador desconectado, o usuário leia e escreva mensagens, além de organizá-las. Obviamente, as mensagens escritas só serão transmitidas quando a conexão for restabelecida. O aplicativo está disponível na Chrome Web Store.

No caso do Google Docs, é possível consultar os documentos de texto, planilhas, apresentações e desenhos sem acesso à internet. “A edição offline ainda não está disponível. Mas nós sabemos que ela é importante para muitos de vocês. E estamos trabalhando arduamente para torná-la realidade”, diz o gerente de produto Benoît de Boursetty no blog oficial do Gmail.

Outros browsers

O Google também diz que pretende, no futuro, oferecer esse recurso em outros navegadores, além do Chrome. Mas isso ainda depende de esses programas suportarem determinados recursos da linguagem HTML 5 que foram empregados no desenvolvimento do aplicativo. Na Agenda do Google, é possível consultar os compromissos e confirmar a presença neles no modo offline.


Tanto no Google Docs como na Agenda, a instalação segue um caminho diferente daquele empregado no Gmail. No menu de ferramentas (com o símbolo de uma engrenagem) desses dois serviços, há uma nova opção para configurar o acesso offline. Ela ainda não aparece para 100% dos usuários, mas muitos brasileiros já podem vê-la. A pessoa deve autorizar o acesso do Chrome à sua conta no Google para, em seguida, instalar o aplicativo.

A novidade é especialmente bem vinda nos chamados chromebooks, os notebooks que rodam o sistema Chrome OS, do Google. Essas máquinas dependem de aplicativos na nuvem e se tornam quase inúteis sem acesso à internet. Agora, quando o notebook estiver desconectado, o usuário ainda terá acesso a documentos e mensagens que tenham sido armazenados previamente nele.

O acesso offline também torna o Google Docs mais competitivo em relação a concorrentes como o Office Web Apps, da Microsoft, e os recursos de compartilhamento de documentos do iCloud, da Apple.

Google Gears

Vale observar que o Gmail já teve acesso offline antes, por meio do componente Google Gears, oferecido entre 2007 e 2009. No início de 2010, o Google divulgou que estava descontinuando o Gears. A nova solução, que está sendo liberada hoje, é baseada na linguagem HTML 5, que vem ganhando popularidade tanto para a criação de páginas na web como para o desenvolvimento de aplicativos. É uma solução mais simples do que o velho Gears e compatível com uma variedade maior de equipamentos.

Acompanhe tudo sobre:Computação em nuvemEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGmailGoogleInternetServiços onlineTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não