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Gigantes de tecnologia não ajudarão Trump a monitorar americanos

Mais de 200 funcionários disseram que não irão montar um registro de dados para monitorar pessoas com base na religião ou ajudar com deportações em massa

EUA: Trump entrou em conflito com o Vale do Silício em várias questões durante a campanha eleitoral, incluindo imigração, vigilância do governo e criptografia (Getty Images)

EUA: Trump entrou em conflito com o Vale do Silício em várias questões durante a campanha eleitoral, incluindo imigração, vigilância do governo e criptografia (Getty Images)

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Reuters

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 13h40.

Washington - Mais de 200 funcionários de empresas de tecnologia, incluindo Google, Twitter e Salesforce, prometeram não ajudar o presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, a montar um registro de dados para monitorar pessoas com base na religião delas ou a ajudar com deportações em massa.

Traçando comparações com o Holocausto e a internação de japoneses americanos durante a Segunda Guerra Mundial, os funcionários assinam uma carta aberta publicada no site neveragain.tech repreendendo as ideias sinalizada por Trump durante a campanha eleitoral.

O protesto, que começou com cerca de 60 assinaturas e mais que triplicou o número de adesões horas depois da publicação, ocorreu um dia antes de executivos de várias empresas de tecnologia se reunirem com Trump na cidade de Nova York.

"Escolhemos nos solidarizar com os muçulmanos americanos, imigrantes e todas as pessoas cujas vidas e meios de subsistência estejam ameaçados pelas políticas de coleta de dados propostas pela nova administração", diz a carta, assinada por um conjunto de engenheiros, designers e executivos.

"Nos recusamos a construir uma base de dados de pessoas com base em suas crenças religiosas protegidas constitucionalmente. Nos recusamos a facilitar as deportações em massa de pessoas que o governo acredita serem indesejáveis."

Trump entrou em conflito com o Vale do Silício em várias questões durante a campanha eleitoral, incluindo imigração, vigilância do governo e criptografia.

A vitória do magnata no mês passado alarmou muitas empresas, que temem que ele siga em frente com as promessas.

As preocupações não se dissiparam nas últimas semanas, à medida que Trump diz pretender nomear indivíduos para cargos importantes em sua administração que são a favor da expansão do programa de monitoramento.

O presidente da Alphabet, Larry Page; da Apple, Tim Cook; da Amazon.com, Jeff Bezos; da Oracle, Safra Catz; e a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, estão entre os executivos que devem se reunir com a equipe de transição de Trump, de acordo com duas fontes do setor.

A equipe de transição de Trump não respondeu a pedido de entrevista em relação à carta aberta.

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