Geoforce Now: tudo é processado em servidores e transmitido pela nuvem para as telas dos usuários (GeForce/Getty Images)
As fabricantes de videogames e desenvolvedoras há muito prometem o streaming de jogos como uma alternativa, ou até substituto, dos consoles de mesa e computadores.
Uma tecnologia que consiste basicamente em enviar para o usuário uma transmissão em vídeo do jogo e que deixa o trabalho pesado de processar gráficos 3D em serviços de nuvem.
No ano passado, a Nvidia trouxe para o público brasileiro o GeForce Now, ainda com ares de projeto experimental.
A novidade é que desde quarta-feira, 5, a plataforma recebeu uma lista de títulos gratuitos para testar e que não precisam ser comprados para rodarem, deixando o serviço ainda mais interessante.
Se vale a pena ou não investir em um assinatura, você pode decidir com os apontamentos dessa análise, que traz os detalhes e as barreiras que ainda existem em jogar via streaming — um teste feito a partir de uma conta oferecida pela Nvidia à EXAME.
VEJA TAMBÉM:
Echo Buds 2, da Amazon: vale a pena pagar R$ 900 no fone que tem Alexa?
Galaxy S22 Ultra: a fusão do que a Samsung já fez de melhor
Beats Fit Pro: os AirPods Pro para esportistas
Como funciona
O GeForce Now é um aplicativo. Pode ser baixado no site da plataforma Abya ou na loja do Android e iOS. No entanto, existem alguns requisitos mínimos para conseguir acessar com qualidade razoável o app.
Nos celulares Android, por exemplo, há a necessidade de pelo menos 2GB de RAM e Android 5.0 compatível com OpenGL ES3.2 ou superior. Já os iPhones e iPads devem utilizar o navegador Safari rodando no iOS 14.2, iPadOS 13 ou versões superiores.
Na conexão, a Nvidia recomenda ao menos 15 MB/s para transmissão de 720p a 60 quadros por segundo e 25 MB/s para streaming em 1080p e 60 fps.
No entanto, usando uma conexão cabeada de 500 MB/s, o serviço demonstrou, por vezes, precisar até de mais velocidade para estabilizar a resolução. No smartphone, usando iOS, jogos online como Fortnite se saíram bem e com atraso imperceptível entre os comandos e a resposta em vídeo.
A principal vantagem de ter velocidade de conexão mais alta é que os servidores conseguem disponibilizar, quando necessário, as mais avançadas tecnologias das placas de vídeo da Nvidia, como o Ray Tracing e DLSS.
Quanto custa?
O custo de uma assinatura mensal é R$ 44,99 e R$ 40,50 ao mês para a semestral. Há uma opção gratuita que permite jogar por 30 minutos, mas sem acesso prioritário para entrar nos servidores.
Contudo, em 2022, a Nvidia suspendeu a entrada de novos usuário na versão brasileira do serviço. Mas pausa deve ser temporária e só enquanto a empresa expande as capacidades dos servidores.
Existe a opção de usar uma VPN para simular o acesso de fora do país e comprar a assinatura, por exemplo, dos EUA. Mas, a depender do tipo de VPN, pode haver comprometimento no desempenho da conexão na hora de rodar os jogos.
Quais são os jogos disponíveis?
Diferente de bibliotecas de jogos como a do Game Pass, da Microsoft, que disponibiliza um catálogo de títulos pelo custo de uma assinatura, o foco do Geforce Now é a integração de lojas com a da Steam e Epic, requisitando que os jogos tenham sido comprados anteriormente.
Assim, o papel do serviço é simplesmente alugar o processamento de jogos e torná-los jogáveis em diferentes plataforma.
Para conferir o que é jogável no Geforce Now, acesse a lista de games aqui.
O streaming de jogos ainda não conseguiu resolver a barreira do atraso entre dar um comando para o jogo e sua exibição na tela.
Em jogos offline o GeForce Now entregou uma experiência agradável e ininterrupta.
Em títulos online rodando no PC, como Fortnite e Warframe, por vezes, foi incomodo a demora do movimento.
Contudo, como mencionado anteriormente, no smartphone o atraso foi menor, ou deu a impressão de ser menor na apresentação geral da experiência.
A plataforma também se mostrou instável na continuidade da resolução e na continuidade do áudio. A qualidade cai bruscamente independendo do título e não há como cravar qual é o fator responsável por essas quedas.
A recomendação vale para quem não possui um console de última geração ou computador potente. Também cai bem para quem se interessou em jogar algum título em específico por um breve período.
É uma alternativa interessante, mas, até o momento, não vai atrair o interesse de quem já tem os recursos para rodar jogos das formas tradicionais.