Tecnologia

Game satiriza Olimpíada com nadador que desvia de fezes

No "Coliformia Games", o usuário precisa nadar pela Baía de Guanabara e desviar de inúmeros obstáculos como fezes e mosquitos para não contrair alguma doença

"Coliformia Games", jogo em que o usuário precisa nadar pela Baía de Guanabara e desviar de inúmeros obstáculos como fezes e mosquitos para não contrair alguma doença (Reprodução/Facebook/Coliformia Games)

"Coliformia Games", jogo em que o usuário precisa nadar pela Baía de Guanabara e desviar de inúmeros obstáculos como fezes e mosquitos para não contrair alguma doença (Reprodução/Facebook/Coliformia Games)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 21h36.

Rio de Janeiro - A semana que marca o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro também conta com a estreia de outra competição, os "Coliformia Games", jogo em que o usuário precisa nadar pela Baía de Guanabara e desviar de inúmeros obstáculos como fezes e mosquitos para não contrair alguma doença.

O game online foi criado por cinco amigos - os designers Gustavo Bife, Carolina Novais e Diego Leal, e os desenvolvedores Mario Gesteira e Harrison Mendonça - e tem como meta usar o humor ácido para denunciar a situação das águas que receberão algumas provas aquáticas do evento internacional.

O nome escolhido se assemelha a "California Games", um clássico lançado em 1987 para diversos consoles e que reunia modalidades como skate, surfe e patinação sobre rodas.

"O objetivo era equilibrar esse humor escrachado com críticas reais. O problema não é só a Baía, mas a falta de saneamento básico para milhões de pessoas. É uma tristeza porque são dados que todos estão cansados de saber", explicou Gustavo.

No site do jogo, classificado como "a maior competição de sobrevivência a coliformes fecais do mundo", há críticas inclusive uma paródia do logotipo oficial dos Jogos Olímpicos, na qual se refere à competição como Rip 2016, em referência à expressão em inglês "rest in peace", ou descanse em paz.

Além de fezes e mosquitos Aedes aegypti, a espécie transmissora do vírus da zika e da dengue, o jogador precisa se preocupar com a barra de vida, que diminui com o tempo devido aos índices de contaminação da água. Para resistir, é preciso encontrar medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) que boiam pelo caminho.

"O jogo é infinito, então o objetivo é pontuar. Mas o interessante é que, quanto mais longe você chega, mais você vê", comentou o designer.

A ideia do projeto sem fins lucrativos surgiu no ano passado e foi tocada como um projeto paralelo aos empregos, motivo pelo qual levou cerca de seis meses para ser concluído. O lançamento ocorreu na quarta-feira, coincidindo com o primeiro dia de competições olímpicas, que teve o início do futebol feminino.

"Sempre quisemos fazer algo juntos. Queríamos criar um jogo com uma crítica ácida, uma infinidade de fórmulas. É um game simples, mas com uma mensagem crítica. Tem gente que acha que foi feito por gringos, e criticam. Outros dizem já dizem que 'é triste, mas é verdade", comentou Carolina. 

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEsportesGamesMetrópoles globaisOlimpíada 2016OlimpíadasRio de Janeiro

Mais de Tecnologia

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não