Tecnologia

Galaxy S5 passa nos testes, mas não arranca suspiros

Análises apontam que o Galaxy S5, que chega ao Brasil neste sábado, é rápido, tem ótima câmera e ampla tela full HD – mas não traz novidades de impacto

Galaxy S5: a Samsung refinou o design do aparelho, mas manteve a construção em plástico (Divulgação)

Galaxy S5: a Samsung refinou o design do aparelho, mas manteve a construção em plástico (Divulgação)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 11 de abril de 2014 às 06h00.

São Paulo -- Testado em outros países, o smartphone Galaxy S5, que a Samsung começa a vender no Brasil neste sábado, se saiu muito bem nos quesitos que mais importam: é rápido, tem ótima câmera e ampla tela full HD – e ainda é resistente à água e à poeira. 

Por isso, falhas como o sensor de impressões digitais que nem sempre funciona bem são até perdoáveis. O que o S5 não tem são novidades de impacto. Ele pode ser considerado uma versão melhorada Galaxy S4, com muitos pequenos aperfeiçoamentos.

O Galaxy S5 tem preço de lista de 2.600 reais. Pagando-se à vista, é possível conseguir um desconto na maioria das lojas. Confira, a seguir, o que dizem as análises do S5. 

Tela

O Galaxy S5 tem excelente tela full HD de 5,1 polegadas. “A tela Amoled HD 1080p é lindamente nítida e brilhante”, resume Josh Miller, da Cnet. Isso não é um grande diferencial, já que outros smartphones avançados com Android também têm ótimas telas. Mas há outros melhoramentos no S5:

“A Samsung afirma que a nova tela e a tecnologia que a acompanha ajudam o celular a adaptar-se melhor a diferentes tipos de iluminação no ambiente. Esse é um daqueles pequenos aperfeiçoamentos que poucas pessoas vão notar enquanto estiver funcionando bem”, completa Jessica Dolcourt, também da Cnet.

Câmera

O site Anandtech fez extensos testes com a Câmera do Galaxy S5. Eles mostram que ela é uma das melhores entre os smartphone atuais. Em muitas situações, a qualidade das imagens é visivelmente superior à do Galaxy S4.

A câmera se mostrou mais rápida que a da maioria dos rivais ao focalizar. Na hora de capturar a foto, porém, o S5 demorou mais que LG G2, iPhone 5s e iPhone 5c. Mas a diferença entre esses smartphones é pequena. Todos são bastante rápidos no clique.

Um recurso que funciona bem no Galaxy S5 é o modo HDR. Ele equilibra a luminosidade de cenas que misturam partes claras e escuras. O resultado pode ser previsto na tela.

“O modo HDR do GS5 faz um bom trabalho ao reter os detalhes nas sombras ao mesmo tempo que revela sutilezas nas altas-luzes”, escreveram Anand Lal Schimpi e Joshua Ho, do Anandtech.


Bateria

Nos  testes, a bateria do Galaxy S5 mostrou-se capaz de alimentar o aparelho por um dia inteiro de uso com alguma folga. Veja o que diz Harry McCracken, da Time:

“Consegui atravessar um dia de uso intenso do smartphone sem drenar totalmente a carga da bateria. Fiquei encantado com o novo modo ultraeconômico. Você pode acioná-lo em caso de emergência – se estiver num congresso, onde você não pode recarregar o aparelho, e a carga da bateria já tiver caído abaixo dos 10%, por exemplo.”

“O modo ultraeconômico força o smartphone a usar uma configuração de tela minimalista, em tons de cinza. Também desliga apps e recursos como Wi-Fi e Bluetooth e adota outras medidas extremas para preservar cada minuto de funcionamento com a energia que ainda resta.” 

Resistência à água

O Galaxy S5 é resistente à água e à poeira. Geoffrey Fowler, do Wall Street Journal, testou essa característica mergulhando o S5 numa jarra de margarita, numa gelatina de morango e até num vaso sanitário. O smartphone sobreviveu. Este vídeo (em inglês) mostra o experimento:

http://live.wsj.com/public/page/embed-33520113_4663_43B1_9F13_3B7A447C976D.html

É bom observar que nível de estanqueidade do S5 é relativamente baixo (é o nível que as normas técnicas chamam de IP67). Ele permite que o smartphone sobreviva à chuva e a eventuais acidentes. Mas a própria Samsung adverte que não é recomendável submergi-lo intencionalmente.

Impressões digitais

Um recurso novo, que diferencia o Galaxy S5 de seu antecessor, é o leitor de impressões digitais embutido no botão Home. Infelizmente, os testes mostram que esse sensor não é dos mais práticos.

Diferentemente do Touch ID do iPhone 5s, o dispositivo da Samsung exige que o usuário deslize o dedo sobre o botão para ser identificado. Não basta tocar no botão.

“Quase sempre é necessário tentar mais de uma vez até que funcione”, diz Owen Williams, do site The Next Web, sobre o sensor da Samsung. “O fato é que ele ainda não é, de modo algum, tão bom quando o Touch ID. Ele raramente funciona; e não transmite aquela sensação mágica que temos ao usar o Touch ID”, completa ele.


Batimentos cardíacos

O sensor de batimentos cardíacos é uma das duas principais novidades do Galaxy S5 (a outra é o leitor de impressões digitais). Ele trabalha junto com o flash para medir as pulsações quando o usuário apoia o dedo nele.

É controlado pelo S Health, app de condicionamento físico da Samsung. É um item que parece não ter muita utilidade para a maioria das pessoas. Vejamos o que diz Steve Kovach, do Business Insider:

“A Samsung diz que acrescentou o sensor para que desenvolvedores possam criar apps que o usem. Ainda assim, isso não faz sentido para mim. Se você quer monitorar batimentos cardíacos, acho que é melhor ter alguma coisa que fique sempre em contato com o corpo, como o novo relógio Gear Fit, da Samsung.” 

Software

Quando lançou o Galaxy S4, há um ano, a Samsung foi duramente criticada pelo excesso de recursos inúteis e pouco funcionais. No Galaxy S5, a empresa parece ter aliviado um pouco (mas não muito) essa tendência a sobrecarregar o aparelho. O S5 usa o sistema Android 4.4 KitKat com modificações feitas pela fabricante.

“O novo Galaxy S5 ainda é um smartphone supercarregado de recursos. Ele faz coisas que vão de ler seus batimentos cardíacos a substituir o controle remoto de seu televisor”, diz Harry McCracken, da Time.

“Mas, nele, a Samsung mostra uma nova disciplina. Ela diferencia esse celular do Galaxy S4, que fazia truques bizarros com funções como Air View e Air Gesture, duas opções para controlar o smartphone sem tocar na tela (elas ainda estão no S5, junto com outras esquisitices do S4, mas ficam desligadas como padrão).”

Design

Nas análises do novo smartphone, o item mais controverso é o design. Alguns detestam o fato de o S5 ser feito de plástico, em vez de metal. Dizem que ele não se compara, em elegância, a rivais como iPhone 5s e HTC One M8. Outros dizem gostar do design do S5. Rhiain Morgan, da revista T3, é um deles:

“Gerações anteriores dos smartphones da Samsung foram criticadas pelo jeito de plástico barato. Aqueles que estão em busca de algum metal vão ficar desapontados. O S5 é feito inteiramente em plástico.”

“A Samsung parece adorar fazer coisas com materiais que parecem ser outros. A lateral parece metálica, mas é de plástico. A traseira parece couro, mas é só imitação”, prossegue ele. “Dito isso, o Galaxy S5 está um passo à frente do S4 e nós gostamos bastante do design dele.”

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