Tecnologia

Galaxy S III é o smartphone mais avançado do mercado

Aparelho se destaca por uma configuração arrasadora, com processador quad-core, tela de 4,8" e inúmeros recursos

Aparelho tem boa interface com ótimos recursos; mas perde pela carcaça em plástico e o S Voice ainda indisponível em português (Divulgação)

Aparelho tem boa interface com ótimos recursos; mas perde pela carcaça em plástico e o S Voice ainda indisponível em português (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 14h10.

São Paulo - A Samsung apostou alto e armou seu novo aparelho top de linha com o que há de melhor no mundo dos smartphones. Exageros postos de lado, o Galaxy S III assume a liderança na corrida pelo hardware mais avançado. Donos de quase todo o processo de fabricação, os coreanos criaram o casamento perfeito do motor mais potente com uma das interfaces mais confortáveis já desenvolvidas para o Ice Cream Sandwich.

O chipset Exynos 4212 traz um processador Cortex A9, com quatro núcleos de 1,4 GHz e uma GPU Mali-400MP para garantir a alta taxa de frames durante os jogos. Além disso, o fino aparelho traz uma grande bateria de 2.100 mAh, com duração de 8h23min durante os testes do INFOlab. Se haviam dúvidas sobre o novo aparelho eclipsar o sucesso de seu antecessor, o Galaxy S II, elas estão prestes a ser sanadas. O time de engenheiros da Samsung merece os parabéns.

Principais vantagens:
21 Mbps HSPA+
Tela Super AMOLED de 4,8 polegadas
Resolução de 720 por 1.280 pixels
1.4 GHz Cortex A9 (quad-core), Mali-400MP, 1GB de RAM
Câmera de 8 megapixels (LED, reconhecimento de face, sorriso, piscar)
Gravação de vídeo em 1.080p a 30 fps
GPS com A-GPS; suporte a GLONASS
Armazenamento de 16 GB + microSD (+ 48 GB Dropbox)
Bluetooth 4.0 estéreo
FM com RDS
Câmera frontal de 2 megapixels
NFC
Flash completo no navegador web
Sistema de arquivos nativo
Bateria de 2.100 mAh
Principais desvantagens:
Corpo em plástico de aparência ruim
Sem tecla dedicada para a câmera
Escolha por microSIM
S-Voice ausente no Brasil até que o português seja incluído

A tela gigante de 4,8 polegadas foi inserida no aparelho, que não cresceu quase nada em relação ao modelo Galaxy X, com tela de 4,65 polegadas. O Galaxy S III mede 13,6 por 7,06 por 0,86 cm, enquanto o Galaxy X se comprime ao máximo em 13,5 por 6,7 por 0,89 cm. A diferença é imperceptível, mesmo com os dois aparelhos em mãos.


A carcaça plástica não causa uma boa impressão. Mesmo com uma cobertura extra, que evita as marcas de dedos aparentes, a estética do material não é seu ponto forte. Para um smarphone topo de linha, vendido no Brasil por 2.099 reais, esperávamos um acabamento de melhor qualidade. Mesmo assim, quase ninguém vai se importar.

Com a tela Super AMOLED roubando a cena, fica difícil prestar atenção em qualquer outro detalhe deste aparelho. As cores são bem definidas e o nível de detalhe de menus, widgets e vídeos agradou a todos no INFOlab. Mesmo sem o brilho mais intenso do mercado, a luminosidade não desapontou. A tela é completamente visível mesmo nos dias mais ensolarados. A sensibilidade é outro ponto forte. Os movimentos são reconhecidos imediatamente e com suporte a múltiplos toques. Mesmo nas bordas não há perda de sensibilidade.

Assim como nos outros modelos da linha Galaxy, o S III mantém os tradicionais botões sensíveis ao toque Menu e Voltar com o botão físico Home ao centro. Em uma das laterais há o controle de volume, na face oposta está o botão para ligar/desligar o aparelho e bloquear a tela. Não há um botão dedicado para a câmera. O sistema poderia alterar a função do botão lateral com a câmera aberta, mas isso não acontece. A ausência é um incômodo se pensarmos na captura mais avançada do aparelho, que registra até 20 imagens contínuas.

Acima da tela, três pontos pretos chamam a atenção do usuário. Eles são os sensores de movimento, luminosidade, e a câmera de 2 megapixels para videochamadas. Uma característica interessante desse aparelho é detectar a face do usuário. Isso faz com que a tela não entre em modo de espera quando alguém está olhando diretamente para o aparelho. Isso evita a troca de ajustes de tela para que uma leitura não seja interrompida, por exemplo.


Na parte traseira há a câmera de 8 megapixels, com um flash LED de um lado e o alto-falante de outro. A tampa que cobre a bateria e as entradas para o microSIM e microSD é tão fina quanto a do Galaxy S II. Para inserir o microSIM é necessário remover a bateria.

A Samsung oferece o aparelho em duas cores: branco e grafite. Mesmo com um nome diferente no Brasil, o grafite na verdade é um azul com acabamento que lembra aço escovado e recebe o nome Metallic Blue em outros países. Os dois modelos recebem uma borda que imita metal, mas que também é feita em plástico.

Apresentado como um aparelho humanizado, o Galaxy S III recebe uma versão bastante modificada do Ice Cream Sandwich. Mas essa característica não é nada negativa. A nova interface TouchWiz é o grande diferencial do smartphone em relação aos concorrentes. Mesmo com especificações matadoras, o verdadeiro brilho do S III é a perfeita integração de hardware e software. Barômetro, sensores de movimento e luminosidade não são novidade, a diferença é sua aplicação. A Samsung preparou uma série de gestos para que o smartphone torne a vida do usuário mais simples. Ao todo são 10 ações por movimento:

  • Chamada direta: esse recurso ativa uma ligação para um contato exibido na tela, tanto na agenda como em uma conversa por SMS. Tudo que o usuário precisa fazer é levar o celular até a orelha.
  • Alerta inteligente: ao pegar o aparelho de uma mesa são exibidos as notificações e alertas de chamadas perdidas, mensagens, etc.
  • Toque para subir: com duas batidas no topo do aparelho o usuário é levado ao início da lista de contatos. Infelizmente o recurso não funciona em todos os menus, na navegação web ou aplicativos. Os apps compatíveis são: Contatos, Mensagens e E-mail.
  • Incline para zoom: aumenta ou diminui o zoom em imagens, galeria e internet.
  • Mover horizontalmente: troca a página de um ícone.
  • Arraste para percorrer imagem: movimenta uma imagem ampliada deslocando o aparelho.
  • Agite para atualizar: chacoalhe o aparelho para encontrar dispositivos por Bluetooth, Kies Air e Wi-Fi Direct.
  • Virar para emudecer: colocar o aparelho de tela para baixo interrompe a execução de áudio, tanto de uma chamada como vídeo ou música.
  • Deslizar palma: captura a tela do aparelho.
  • Toque com a palma: colocar a palma sobre a tela silencia ou pausa sons. Equivalente a girar o aparelho com a tela para baixo.


Vai ser muito difícil para usuário tomar conhecimento de todos os recursos logo de cara. Na maioria dos casos, as funcionalidades serão aplicadas com o tempo e na medida em que haja familiaridade com o aparelho. Uma vantagem é um resumo curto e demonstração para cada uma das ações. Desse modo fica fácil visualizar o potencial de um recurso

Por padrão, tudo está desativado, até mesmo a troca de arquivos por NFC, Android Beam e S Beam. Depois de ativos, esses recursos permitem a transferência de fotos, vídeos e contatos encostando um aparelho compatível. A transferência é rápida e muito mais intuitiva que a feita por Bluetooth ou Wi-Fi. Para arquivos mais pesados e documentos a solução é o Wi-Fi Direct, que permite transferir algo pela rede sem fio.

Seja para um computador, outro smartphone ou dispositivo compatível, o processo é rápido. Transmitir conteúdo é uma preocupação do sistema. O usuário irá encontrar o botão compartilhar na galeria de imagens e vídeos, no gerenciador de arquivos e contatos.

yt thumbnail

A diversão também é um ponto alto do S III. Para aproveitar a tela de alta qualidade, a Samsung preparou o melhor player de vídeo nativo para Android que o INFOlab já testou. Arquivos Full HD (1.080p) rodaram sem engasgos e com legendas (embutidas e em arquivos srt). Foram exibidos formatos mais pesados como MKV e DivX ou XviD, além dos tradicionais WMV e AVI.

A exibição por DLNA é gerenciada pelo app All-Share, mas o usuário também pode compartilhar um vídeo pelo Wi-Fi Direct. Nos dois casos não há exibição de legendas em arquivos srt, somente legendas embutidas. Uma função curiosa do player é o modo pop-up. Com um clique o vídeo se transforma em uma miniatura exibida por cima de aplicativos, menus, tela inicial. Desse modo é possível acompanhar seu filme enquanto acessa e-mails, navega na internet, etc. A pequena porta do aparelho funciona como saída de vídeo Full HD com o cabo apropriado (vendido separadamente).

Assim como no S II, o aparelho permite ajustar a tela para um resultado mais agradável. Estão disponíveis os ajustes Dinâmico, Padrão, Naural e Filme.Com 8 megapixels e o mesmo sensor utilizado no iPhone 4S, a câmera do Galaxy S III faz imagens e vídeos com qualidade. As fotos podem ser registradas nos valores de ISO de 100 a 800, traz HDR (que mescla imagens com valores diferentes de exposição), os tradicionais ajustes de balanço de branco, efeitos de cor e detecção de rosto, sorriso e piscar. A principal diferença é a velocidade com que as imagens são processadas.

O tempo de espera entre o clique e a conclusão da foto é praticamente imperceptível. Se você está em dúvida sobre qual a sua melhor pose, o aparelho pode decidir isso automaticamente. Basta selecionar o modo de disparo para melhor foto. Oito imagens serão registradas em modo contínuo, oferecendo a melhor delas ao final. A gravação de vídeo em 1.080p com autofoco gera ótimos resultados. Em situações pontuais, o ajuste automático de exposição pode ficar um pouco lento.

Com tantos recursos e uma tela gigante, a duração de bateria era uma preocupação. A bateria de 2.100 mAh resistiu por 8 horas e 23 minutos fazendo uma ligação, com Wi-Fi e Bluetooth ativados. Mesmo com um resultado ligeiramente inferior ao do Motorola Razr, que resistiu por 8 horas e 32 minutos, o Galaxy S III está acima da média.

A configuração topo de linha e o ótimo casamento com a interface TouchWiz fazem do Galaxy S III o aparelho mais avançado do mercado brasileiro. A principal crítica vai para o armazenamento interno, limitado a 16 GB, enquanto outros países recebem também as versões de 32 GB e 64 GB. A carcaça também poderia receber um material mais resistente e agradável ao toque, como o policarbonato empregado no HTC One X, ou mesmo mistura de plástico com partes metálicas ou fibra de Kevlar, como a Motorola apostou no Razr. Pelo preço, o aparelho também poderia acompanhar o cabo para conexão com TVs, ou mesmo uma dock.

Acompanhe tudo sobre:AndroidEmpresasEmpresas coreanasempresas-de-tecnologiaGalaxyIndústria eletroeletrônicaSamsungSmartphones

Mais de Tecnologia

Neuralink obtém aprovação para testar chip cerebral que permite mover braços robóticos

Galaxy S24 Ultra: quanto vale a pena pagar na Black Friday 2024?

iPhone 15, 15 Plus, 15 Pro ou 15 Pro Max: qual vale mais a pena na Black Friday?

Xiaomi Poco X6: quanto vale a pena pagar na Black Friday 2024?