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Futuro da eletrônica terá telas flexíveis e comunicação entre devices

Grupo de pesquisadores apresentou na CES em Las Vegas suas visões para o futuro da indústria eletrônica nas próximas duas décadas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 09h51.

Las Vegas - Enquanto produtos que pareciam ficção há 20 anos são exibidos nos pavilhões do CES, um grupo de pesquisadores apresentou na manhã desta terça-feira em Las Vegas suas visões para o futuro da indústria eletrônica nas próximas duas décadas.

Para Tim Bajarin, presidente da Creative Strategies, a principal inovação dos próximos anos está na área de displays, com telas flexíveis que terão múltiplas aplicações. Ele apontou também o desenvolvimento de fibras ópticas flexíveis, que podem ser facilmente dobradas sem risco de quebra, o que permitiria redes internas ultravelozes em casas e escritórios.

Já para Henry Holtzman, chief knowledge officer do Media Lab do MIT, haverá uma revolução na forma como transmitimos dados. Segundo ele, os serviços em nuvem são bons, mas sobrecarregam as redes. Como solução, ele prevê (e estuda) que haverá cada vez mais comunicação entre os dispositivos (peer-to-peer). Assim, se várias pessoas em um ônibus, por exemplo, estiverem consumindo um mesmo conteúdo, não seria necessário que cada uma o recebesse individualmente de um servidor, mas cada um poderia “servir”este conteúdo aos demais.

Ele também apontou pesquisas em novas formas de comunicação, como o uso da luz ambiente para transmitir dados, através de mudanças na modulação, o que poderia ser usado em um evento, por exemplo, quando uma mesma informação precisa ser transmitida para todos os devices.

Casa conectada

Um tema importante no painel foi o da casa conectada, com dispositivos que “conversam” entre si e com seus donos. Brian Johnson, futurista da Intel, lembrou que a casa é onde não queremos fazer nada, não é um ambiente de produtividade. “Temos que pensar em como as pessoas vão usar estes recursos, se querem isso mesmo.

A experiência para o usuário tem que ser boa”, disse. Robert Stephens, CTO da rede varejista Best Buy, concorda: “a automação doméstica tem que ser invisível para o usuário”. Para ele, o grande problema está na padronização dos equipamentos e sua comunicação. “Hoje há um excesso de padrões, para segurança, iluminação, ar-condicionado. É pior do que não ter padrão nenhum”, disse. Holtzman, do MIT, contou que o instituto pesquisa o uso do Twitter como meio de comunicação entre os dispositivos.

Johnson, da Intel, citou a evolução dos robôs como peça dessa automação doméstica. “Temos poder computacional no desktop, no celular... o robô nada mais é que um poder computacional que anda sozinho”, disse. Ele afirma que estamos próximos do ponto em que um robô pessoal pode custar tanto quanto um laptop. O desafio, conta, ainda está na parte mecânica e nos materiais. Mas o software está quase pronto para ser viável a preços acessíveis, diz.

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