Inovação

Fundadores do Instagram criam forma de prever o avanço do coronavírus

Mike Krieger e Kevin Systrom lançaram uma ferramenta que usa ciência de dados para criar modelos matemáticos que tentam prever o avanço do vírus

Mike Krieger e Kevin Systrom fundaram o Instagram e agora estão envolvidos no combate ao novo coronavírus (Christie Hemm Klok/The New York Times//Fotoarena)

Mike Krieger e Kevin Systrom fundaram o Instagram e agora estão envolvidos no combate ao novo coronavírus (Christie Hemm Klok/The New York Times//Fotoarena)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 22 de setembro de 2020 às 13h31.

Kevin Systrom e Mike Krieger são conhecidos mundialmente por serem os cofundadores do Instagram. Eles inventaram a rede social que foi comprada em 2012 pelo Facebook por mais de 700 milhões de dólares e que hoje conta com mais de 1 bilhão de usuários e já ameaça o Facebook. Agora, anos após deixarem o comando do Instagram, a dupla está envolvida em um novo projeto. Mas este não tem nada a ver com redes sociais ou fotos. Mas sim com o combate do novo coronavírus.

Nas últimas semanas, eles trabalharam para colocar no ar o site rt.live. Trata-se de uma plataforma criada para rastrear a velocidade de propagação da covid-19. Mas o que este site tem de tão diferente de diversas outras plataformas que já monitoram o aumento dos casos em diferentes regiões do planeta e trabalham em cima de modelos estatísticos para prever novas ondas de infecção? Muita coisa. Mas em uma palavra? Tecnologia.

O rt.live combina técnicas de ciência de dados e de machine learning para criar mais modelos matemáticos que explicam em que direção a crise do coronavírus está seguindo. Os resultados revelam os impactos das táticas adotadas para suprimir a propagação do vírus e também das medidas para minimizar os danos à economia com a abertura parcial do comércio.

“Quando a covid-19 apareceu, nenhum de nós queria perder tempo aplicando o aprendizado de máquina para criar um negócio. Mas nos perguntamos o que poderíamos fazer para ajudar as pessoas a lidar com essa pandemia”, disse Systrom para a Wired.

A ideia por trás dos gráficos é mostrar, no valor de R, quantas pessoas podem ser infectadas a partir de um único doente. “Se R for maior do que 1, significa que a infecção está aumentando exponencialmente – algo que estava ocorrendo no fim de março”, explica Systrom. Desta forma, o ideal para determinar que os casos estão em direção a uma taxa menor é que as regiões apresentem taxas inferiores a 1.

O mapa criado por Systrom e Krieger detalha apenas os casos nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (22), os gráficos mostravam que os estados de Mississippi e Hawaii apresentavam as menores taxas do país, com R médio sendo equivalente a 0,81. Na ponta oposta, Wisconsin tinha o maior valor médio de R, em 1,21. Em Nova York, uma das regiões mais afetadas pelo novo coronavírus, o valor médio de R é de 1,03.

Segundo os cofundadores do Instagram, o site já obteve mais de 1 milhão de acessos até o momento. Entre os internautas que acessaram a página estão oficiais públicos de saúde que já estão utilizando os dados levantados por Systrom e Krieger para formular as estratégias de combate ao vírus que já infectou 6,9 milhões de pessoas nos Estados Unidos e foi responsável por 203 mil mortes no país.

Acompanhe tudo sobre:Ciência de DadosCoronavírusEstados Unidos (EUA)InstagramInteligência artificial

Mais de Inovação

Xiaomi Redmi Note 12S: quanto vale a pena pagar na Black Friday?

Musk pode comprar o canal MSNBC? Bilionário faz memes sobre possível aquisição

Influencers mirins: crianças vendem cursos em ambiente de pouca vigilância nas redes sociais

10 frases de Steve Jobs para inspirar sua carreira e negócios