Kim Schmitz nega acusações de pirataria na Internet e lavagem de dinheiro (Peter Kneffel/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 07h58.
Auckland - Uma corte da Nova Zelândia ordenou nesta segunda-feira que o fundador do site de compartilhamento de arquivos Megaupload continuasse preso, à medida que ele nega acusações de pirataria na Internet e lavagem de dinheiro e diz que as autoridades estão tentando fazer a pior imagem possível dele.
A procuradora Anne Toohey afirmou em audiência que o alemão Kim Dotcom, também conhecido como Kim Schmitz, era um risco "no ponto extremo da escala" porque teria acesso a fundos, múltiplas identidades e um histórico de fugir de acusações criminais.
"O FBI acredita que as somas localizadas não representam todas as contas bancárias do senhor Dotcom", disse.
No entanto, o advogado de Dotcom disse que seu cliente não representa risco de fugir ou retomar seus negócios. Segundo a defesa, o alemão vem cooperando plenamente com a Justiça, teve os passaportes apreendidos e os fundos congelados.
O juiz David McNaughton diz que uma aplicar uma fiança seria bastante complicado para uma decisão imediata, acrescentando que anunciará uma decisão por escrito até quarta-feira.
"Dada a dimensão dos assuntos cobertos pelo processo de fiança e a seriedade do tema, vou reservar minha decisão", disse.
Autoridades norte-americanas querem extraditar Dotcom sob alegações de que ele arquitetou um esquema que arrecadou mais de 175 milhões de dólares em poucos anos, copiando e distribuindo sem autorização músicas, filmes e outros conteúdos protegidos por direitos autorais. A defesa argumenta que o Megaupload.com simplesmente oferecia armazenamento online.
A empresa e sete de seus executivos foram acusados de participar do suposto esquema para oferecer material na Internet sem compensar os detentores de direitos autorais.