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Fukushima lançou ao mar mais água radioativa do o imaginado

Tóquio - A operadora da usina nuclear de Fukushima acredita que, desde maio de 2011, pode ter lançado ao mar uma água que com 30 trilhões de becquereis por quilo...

fukushima (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.

Tóquio - A operadora da usina nuclear de Fukushima acredita que, desde maio de 2011, pode ter lançado ao mar uma água que com 30 trilhões de becquereis por quilo de material radioativo, uma quantidade muito superior ao número estimado anteriormente, informou nesta quinta-feira a emissora "NHK".

Um relatório publicado nesta semana pela Tokyo Electric Power (TEPCO) revelou que até 10 trilhões de becquereis por quilo de estrôncio e 20 trilhões de becquereis por quilo de césio vazaram ao oceano Pacífico em frente à central, consideravelmente afetada pelo terremoto e tsunami de março de 2011.

Este número é 12 vezes superior aos níveis permitidos pelo governo japonês em caso de acidente, inclusive levando em conta que o cálculo realizado exclui os dois primeiros meses da crise nuclear, quando a maior quantidade de água contaminada foi lançada ao mar.

A TEPCO explicou que o cálculo se baseia em níveis radioativos detectados na baía em frente à central e no fato dos vazamentos continuarem sendo registrados desde maio de 2011. No entanto, a operadora admitiu que o volume exato do vazamento só poderia ser definido com mais estudos, já que a terra absorve de maneira muito rápida tanto o césio como o estrôncio.

Por outra parte, porta-vozes da elétrica citados por NHK explicaram que temem que o último vazamento detectado nesta semana em um dos tanques da central, de umas 300 toneladas de água altamente contaminada, possa ter chegado ao mar através de uma fundação situada a 50 metros do contêiner defeituoso.

Os operários detectaram níveis de 6 milisieverts por hora nessa fundação, que vai desembocar no oceano, ao sul do píer que há em frente à central.

Isto contradiz o que foi dito na última terça-feira pela TEPCO, quando a operadora inicialmente descartou que essa água, que provocou emissões altíssimas (uns 100 milisieverts por hora) na região do vazamento, alcançasse o oceano.

O vazamento deste contêiner se soma ao problema do acumulo de água contaminada nos porões dos edifícios dos reatores, que aumenta aproximadamente 400 toneladas diárias e representa o principal desafio para o desmantelamento seguro da central.

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