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Fraudes online: os culpados são os leilões

SÃO PAULO - A Internet Fraud Complaint Center, parceria entre o FBI e o NW3C (de National White Collar Crime Center, ou Centro Nacional contra Crimes de Colarinho Branco), divulgou ontem, dia 9, um relatório sobre fraudes na internet neste seu primeiro ano de operações. O resultado? O maior culpado é o leilão online. Segundo […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h34.

SÃO PAULO - A Internet Fraud Complaint Center, parceria entre o FBI e o NW3C (de National White Collar Crime Center, ou Centro Nacional contra Crimes de Colarinho Branco), divulgou ontem, dia 9, um relatório sobre fraudes na internet neste seu primeiro ano de operações. O resultado? O maior culpado é o leilão online.

Segundo o relatório, quase 43% de todas as fraudes relatadas à entidade aconteceram em sites de leilão, e outros 20,3% das queixas foram por causa de mercadorias não entregues ou calote.

A terceira maior causa de fraude online (15,5%) , pasme, é um conto do vigário antigo, mas que ganhou roupagem nova com o e-mail, conhecida como A Carta da Nigéria, ou Fraude Nigeriana: executivos recebem mensagens convidando-os a participar de um negócio de milhões de dólares com o governo nigeriano (ou de outros países, nesta versão high-tech), mas precisam enviar um adiantamento de milhares de dólares para o pagamento do envio das verdinhas. Neste meio tempo, recebem uma tonelada de documentos falsos para provar que o negócio é "quente". As fraudes com cartão de crédito ou débito aparecem na quarta posição entre as maiores reclamações dos internautas.

As maiores perdas financeiras, diz a NW3C, foram originadas com a Fraude Nigeriana (5 575 dólares), roubo de identidade (cerca de três mil dólares) e processos por investimentos (mil dólares).

Entre 1° de janeiro e 31 de dezembro de 2001, quase 50 mil reclamações foram registradas pelos internautas americanos junto à IFCC, o Procon local. Isso apenas pelo site da organização - que recebeu, no total, 17,1 milhões de queixas no período. Boa parte dessas queixas foram sobre intrusões no computador, atividades de hackers e pornografia infantil, além de fraudes online não especificadas. Só em uma operação especial, realizada em maio do ano passado, o IFCC conseguiu processar quase 90 pessoas - mas, neste período, o instituto registrou 56 mil vítimas e perdas de 117 milhões de dólares.

De acordo com Thomas Richardson, diretor da divisão de investigações criminais do FBI, ir atrás e levar aos tribunais as fraudes cometidas pela internet é difícil porque "o criminoso e a vítima podem estar a milhares de quilômetros de distância, e muitas vezes é necessária a colaboração dos departamentos de polícia de cada um dos locais para resolver o crime".

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