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França teve 19 mil ataques cibernéticos desde semana passada

Arnaud Coustillière, diretor de defesa cibernética do Exército francês, diz que parte deles são conduzidos por grupos islâmicos conhecidos


	Computador: não houve relatos de danos significativos com os ataques
 (AFP)

Computador: não houve relatos de danos significativos com os ataques (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 14h29.

Paris - Sites da França vem enfrentando uma onda de ataques cibernéticos desde os atentados terroristas da semana passada.

Segundo um oficial de defesa cibernética francês, o país vem enfrentando uma onda de ataques sem precedentes que já soma 19 mil ataques em pouco mais de uma semana.

Arnaud Coustillière, diretor de defesa cibernética do Exército francês, diz que parte deles são conduzidos por grupos islâmicos conhecidos.

A maioria dos ataques resultavam simplesmente em deixar os endereços fora do ar, e visaram desde sites militares até pizzarias. Não houve relatos de danos significativos.

"O que é novo e importante é que foram 19 mil ataques, um número nunca visto antes", afirmou Coustillière.

"É a primeira vez que um país sofreu uma onda tão grande de contestação cibernética."

De acordo com a Arbor Networks, uma empresa que monitora ameaças na internet, nas últimas 24 horas o país sofreu 1.070 ataques.

O número representa um quarto dos ataques diários a sites norte-americanos. Os EUA, entretanto, abrigam 30 vezes mais páginas na internet.

Os atentados da semana passada criaram uma atmosfera de sentimento anti-islã e antissemita na França, levando essas populações a ficarem na defensiva.

O presidente François Hollande insistiu nesta quinta-feira que qualquer ação contra esses dois grupos deve ser "severamente punida".

Hollande disse que os milhões de muçulmanos franceses devem ser protegidos e respeitados, "assim como devem também respeitar a nação" e seus valores seculares.

"Precisamos estar unidos contra o terrorismo", ele declarou no Instituto do Mundo Árabe em Paris, acrescentando que os muçulmanos são as principais vítimas da violência extremista.

Fonte: Associated Press.

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