margarida fukushima (Reprodução/Twitter)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2015 às 12h54.
Um fotógrafo japonês registrou o nascimento de margaridas mutantes em uma região próxima à usina nuclear de Fukushima, no Japão.
As plantas mutiladas foram fotografadas por um usuário japonês do Twitter, morador de Nasushiobara, cidade localizada a cerca de 110 quilômetros da usina nuclear, que sofreu um grave acidente em 2011 após um terremoto e um posterior tsunami.
Traduzida pelo jornal The International Business Times, a mensagem diz: "A flor da direita cresceu se dividindo em dois caules, com flores conectadas umas às outras, com quatro caules de flores unidas como um cinto."
マーガレットの帯化(那須塩原市5/26)②
右は4つの花茎が帯状に繋がったまま成長し,途中で2つに別れて2つの花がつながって咲いた。左は4つの花茎がそのまま成長して繋がって花が咲き輪の様になった。空間線量0.5μSv地点(地上高1m) pic.twitter.com/MinxdFgXBC
— 三悔堂 (@san_kaido) 27 maio 2015
As flores mutantes apresentam um quadro conhecido como fasciação, um desequilíbrio hormonal nas plantas vasculares cuja ligação com o vazamento de radioatividade da usina não pode ser imediatamente comprovada. A rara anomalia faz os vegetais crescerem com peso e altura muito maiores do que o normal.
A fasciação acontece quando partes de um embrião se fundem de maneira incomum, gerando uma célula achatada. Geralmente, as flores e folhas da planta irão desenvolver formas anormais a partir dessa célula defeituosa.
Quatro anos após o acidente que causou o derretimento de três dos seis reatores nucleares na usina, a área ao redor de Fukushima ainda sofre com os efeitos da radiação liberada após a tragédia.
Em 2014, cientistas descobriram que a expectativa de vida e tamanho das populações de algumas espécies de pássaros e borboletas diminuíram. Além disso, alguns desses animais também mostraram sinais de crescimento anormal.
Desde a tragédia de 2011, a área de Fukushima permanece evacuada pelas autoridades locais.
Fonte: IBT