Repórter
Publicado em 23 de julho de 2023 às 13h33.
Última atualização em 23 de julho de 2023 às 13h35.
Após duas semanas de sucesso com recorde de downloads e cadastros, a plataforma de microblogs Threads está experimentando um significativo decréscimo em seu engajamento. Relatórios revelam uma queda de 70% no número de usuários ativos e uma redução do tempo médio que os usuários passam na plataforma.
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Conforme a empresa de inteligência de mercado Sensor Tower, o número diário de usuários ativos reduziu para 13 milhões. Essa queda representa aproximadamente 70% de redução em relação ao pico de 44 milhões de usuários ativos em 7 de julho, dois dias após o lançamento do Threads.
Além disso, o tempo médio que os usuários passam no Threads diminuiu drasticamente. Dados da Sensor Tower indicam que os usuários de Android e iOS agora passam, em média, apenas quatro minutos por dia no app, uma queda significativa em relação à média anterior de 19 minutos.
Dados semelhantes foram reportados pela SimilarWeb, reforçando a queda no engajamento. De acordo com suas informações, usuários de Android nos EUA estão passando, em média, cinco minutos por dia no Threads, contra 21 minutos no lançamento.
Em comparação, o Twitter, rede social de Elon Musk, mantém uma base estável de 200 milhões de usuários ativos diariamente, com uma média de 30 minutos de uso por dia.
Threads alcançou marcos notáveis durante seu lançamento, atingindo a marca de 100 milhões de usuários em apenas cinco dias, superando a performance do ChatGPT, chatbot da OpenAI. Este sucesso inicial foi em parte devido ao suporte da Meta, integrando os perfis do Instagram ao Threads, o que facilitou o processo de criação de perfil na nova plataforma de microblogs.
Embora o Threads tenha se beneficiado do lançamento com acesso antecipado a influenciadores, a falta de recursos semelhantes aos do Twitter, como uma timeline cronológica, pode ter contribuído para o decréscimo da atividade dos usuários.
A Meta, comandada por Mark Zuckerberg, afirmou que o Threads não foi criado para substituir o Twitter. Adam Mosseri, CEO do Instagram, reforçou que a plataforma não buscará atrair veículos de notícias e discussões políticas, alegando que esses tópicos geram "negatividade" e não são benéficos para os negócios.
No entanto, os recentes dados sugerem que a abordagem adotada pelo Meta pode não estar atendendo às expectativas dos usuários.