Tecnologia

Fim da batalha judicial? Apple e Qualcomm chegam a acordo

Na maioria dos casos, a companhia fundada por Jobs era denunciada pela Qualcomm por usar tecnologias da empresa sem autorização

Apple: como parte do acordo, empresa aceitou pagar uma quantia não revelada à Qualcomm (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

Apple: como parte do acordo, empresa aceitou pagar uma quantia não revelada à Qualcomm (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de abril de 2019 às 06h02.

Última atualização em 17 de abril de 2019 às 06h04.

San Francisco - A Apple e a fabricante americana de chips Qualcomm anunciaram nesta terça-feira (16), que entraram em acordo para encerrar todos os processos sobre patentes que estavam em andamento nos tribunais de vários países do mundo.

As duas empresas divulgaram um comunicado conjunto no qual não deram informações sobre quantias para que o acordo fosse firmado. Segundo o texto, a decisão encerra todas as ações em andamento, incluindo as abertas pela Qualcomm contra fornecedores da Apple.

Como parte do acordo, a Apple aceitou pagar uma quantia não revelada à Qualcomm. Por outro lado, a fabricante de chips assinou um acordo de licenciamento de tecnologia com a empresa fundada por Steve Jobs por seis anos, prorrogáveis por mais dois.

Além disso, o comunicado informa que a Apple continuará utilizando chips da Qualcomm por "vários anos".

O acordo de hoje põe fim a uma longa batalha judicial que as empresas travaram em tribunais de todo o mundo, especialmente na China e nos Estados Unidos. Na maioria dos casos, a Qualcomm denunciava a Apple por usar tecnologias da empresa sem autorização.

No último dia 26 de março, uma juíza da Comissão de Comércio Internacional dos EUA recomendou a proibição da importação de certos modelos de iPhones fabricados na China por considerar que a Apple infrigia uma patente da Qualcomm.

Em dezembro do ano passado, um tribunal chinês deu nova vitória à Qualcomm por infração de patentes, determinando que a Apple parasse de vender alguns modelos de iPhones no país.

Na ocasião, a empresa fundada por Jobs acusou a Qualcomm de estar se esforçando para proibir a venda de seus produtos, no que seria um "movimento desesperado de uma companhia cujas práticas ilegais sob investigação por órgãos de regulação de todo o mundo".

A Qualcomm foi a principal fornecedoras de chips para os iPhones durante vários anos. A relação comercial entre as empresas se deteriorou, chegando a uma situação insustentável no ano passado, quando a Apple decidiu romper a parceria com a fabricante. EFE

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