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Filhos de mães obesas têm mais risco de morte prematura

Crianças têm 35% mais risco de morrer prematuramente na idade adulta, segundo estudo

Obesidade:adultos nascidos de mães obesas têm 42% mais chances de ser hospitalizados por problemas cardiovasculares (Ronaldo Schemidt/AFP)

Obesidade:adultos nascidos de mães obesas têm 42% mais chances de ser hospitalizados por problemas cardiovasculares (Ronaldo Schemidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 12h42.

Paris - Os filhos de mães obesas têm 35% mais risco de morrer prematuramente na idade adulta, revela um estudo publicado nesta quarta-feira pelo British Medical Journal (BMJ), que alerta sobre a crescente epidemia de obesidade.

Os pesquisadores analisaram na Escócia 37.709 filhos de 28.540 mulheres nascidos entre 1950 e 1976.

Durante o estudo, estas pessoas tinham entre 34 e 61 anos, e 6.551 já haviam morrido, por diferentes causas.

No momento de dar à luz, 21% das mães tinham sobrepeso (índice de massa corporal - IMC - entre 25 e 29,9) e 4% eram obesas (IMC igual ou superior a 30).

Segundo os pesquisadores, o risco de morte prematura aumenta em 35% entre os adultos nascidos de mães obesas e em 11% no caso de mães com sobrepeso em relação ao grupo nascido de mães com peso normal.

Os adultos nascidos de mães obesas têm 42% mais probabilidade de ser hospitalizados por problemas cardiovasculares que os demais, destaca o estudo.

"É necessário se criar urgentemente estratégias de intervenção para controlar o peso antes da gravidez", advertem os autores, lembrando que uma a cada cinco mulheres grávidas na Grã-Bretanha são obesas.

Nos Estados Unidos, cerca de 64% das mulheres em idade fértil têm sobrepeso, incluindo 35% obesas, e a tendência é similar na Europa.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1,4 bilhão de pessoas maiores de 20 anos tinham sobrepeso em 2008, incluindo 300 milhões de mulheres e 200 milhões de homens obesos.

Os casos de obesidade têm se multiplicado em escala mundial desde 1980, quando o percentual de mulheres obesas na hora do parto era de 4%, lembra a professora Rebecca Reynolds, autora do estudo.

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