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Filarmônica de Bruxelas lê partituras em tablets

A orquestra diz ser a primeira a trocar as centenas e centenas de páginas das partituras de obras eruditas que interpreta por 100 tablets


	Musicista tocando Violino: o software permite ao diretor fazer anotações sobre as partituras de cada membro da orquestra
 (Stock.XCHNG)

Musicista tocando Violino: o software permite ao diretor fazer anotações sobre as partituras de cada membro da orquestra (Stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 13h56.

Bruxelas - A orquestra filarmônica de Bruxelas executou o primeiro concerto em que os músicos leem as partituras na tela de um tablet no lugar da tradicional pauta de papel, destacou nesta quinta-feira Samsung, empresa que patrocinou a iniciativa.

A orquestra diz ser a primeira a trocar as centenas e centenas de páginas das partituras de obras eruditas que interpreta por 100 tablets, o que permite aos músicos economizar espaço e ter mais conforto.

"É preciso estar no centro da vida social, cultural e econômica. Com todo o potencial de interatividade que a esfera digital nos oferece", opinou o diretor da orquestra filarmônica bruxelense, Gunter Broucke, ao jornal "Le Soir".

O primeiro ensaio da performance aconteceu em Flagey, sala de concertos de Bruxelas, na noite de ontem, quando a orquestra surpreendeu o público no começo da apresentação jogando para ar suas partituras em papel para depois colocar seus tablets sobre os atris.

Os músicos, que tocavam frequentemente as telas para "passar a página", interpretaram sem problemas uma seleção de peças da ópera "Tristão e Isolda" de Richard Wagner e o "Bolero" de Maurice Ravel.


Por enquanto, o novo método de leitura musical está em fase de testes na orquestra, que no ano que vem terá dois novos projetos com os gadgets, que terão eficácia avaliada, apesar de já serem notados benefícios como a economia na hora de preparar as partituras em papel, que chega a cerca de 25 mil euros ao ano.

A Samsung, que forneceu os 100 primeiros tablets à filarmônica, divulgou em comunicado que o sistema pode acabar com o problema de armazenamento de livros de partituras volumosas depois dos anos, que a empresa considera "complexo e pouco ecológico" em comparação ao digital, já que cada dispositivo pode abrigar milhares de obras.

Os tablets incorporam um aplicativo chamado "neoScores", desenvolvido especialmente para orquestras, que pode "otimizar a forma de trabalhar" dos músicos.

O software permite ao diretor fazer anotações sobre as partituras de cada membro da orquestra, que aparecem em tempo real nas telas dos músicos.

O aplicativo conta inclusive com um "modo concerto", similar ao "modo avião" dos tablets e smartphones, que corta o sinal telefônico e a internet para evitar interferências durante as apresentações, diz a empresa. 

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