A pesquisa foi feita pela Faculdade de Medicina da Universidade Case Western Reserve, nos EUA (Andreas Rentz/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2010 às 17h53.
Washington - Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Ohio, Estados Unidos, apontou que adolescentes que passam muito tempo trocando mensagens de texto ou conectados à internet estão mais propensos a problemas de saúde.
A equipe de pesquisadores relacionou o uso das tecnologias com hábitos prejudiciais à saúde como alcoolismo e tabagismo e concluiu que os jovens que passam mais de três horas por dia na frente do computador ou conectados à internet do celular, chamados pelo estudo de "hipertexteadores", estão mais vulneráveis.
O diretor da Faculdade, Scott Frank, comandou a aplicação da pesquisa com 4.257 adolescentes, realizada numa pequena vila do oeste americano e apresentou as conclusões nesta terça-feira, na reunião Anual da Associação Americana de Saúde Pública, em Denver (Colorado).
A análise de dados apontou que os "hipertexteadores" são 40% mais propensos a fumar e duas vezes mais propensos a ingerir álcool em relação aos adolescentes que não compartilham do mesmo hábito. O grupo também tem 41% a mais de probabilidade de ter usado drogas ilícitas e 55% a mais de probabilidade de ter se envolvido em brigas físicas.
Do total, 11,5% dos estudantes entraram na categoria de "hipernavegantes da rede", e 22,5% indicaram que não se conectavam às redes sociais.
"Os resultados são surpreendentes e mostram a importância de impor limites para os adolescentes", concluiu Frank.