EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h33.
SÃO PAULO - Com três anos de idade e um banco de dados que inclui 1 500 lojas e mais de um milhão de produtos - sem contar os mais de 400 mil títulos da seção de livros -, até que demorou para o Buscapé fazer dinheiro usando seus trunfos. Mas, há cerca de três meses, o portal de comparação de preços lançou um serviço útil para quem quer vender na web: o Retail Monitor.
Esta nova divisão da pontocom nasceu para fornecer relatórios completos para os varejistas virtuais - a Saraiva, um de seus clientes, por exemplo, recebe diariamente uma lista com os preços praticados por ela e por seus concorrentes para 600 produtos - 200 CDs, 200 livros e 200 DVDs. "Com isso, a loja virtual pode adotar estratégias de marketing e de venda que atraiam a atenção do comprador", afirma Romero Rodrigues, diretor executivo do portal.
Além de alimentar a briga de preços entre as lojas virtuais, que também podem saber quais os produtos mais procurados em seus concorrentes e comparar o fator preço X atratividade (" às vezes, um desconto de 2% ou 3% não é atrativo para o consumidor em detrimento à marca da loja", explica Rodrigues), a Retail Monitor fornece outros serviços, como relatórios sobre tendências de consumo - os homens, por exemplo, vão muito mais a lojas virtuais de lingerie do que as mulheres.
Há uma outra ferramenta, ainda, que faz a atualização automática de preços na loja virtual do cliente com base em regras. Assim, um grande fabricante pode adaptar os preços de seu site tendo como termômetro os preços praticados por seus revendedores. Essa ferramenta, batizada como Precificação Dinâmica, funciona na base de regras, ou seja, o gerente de vendas pode instituir que determinado produto será vendido na loja virtual com o preço 5% abaixo do praticado por sua principal revenda. "Isso pode ser utilizado pelos fabricantes como uma forma de equilibrar o mercado e impedir que determinada revenda pratique preços abusivos, para citar um exemplo", diz Rodrigues.
De acordo com ele, a venda deste tipo de serviço estava nos planos da pontocom desde o começo de suas operações, mas estava prevista apenas para o final de 2002. "A antecipação veio a pedido dos lojistas, que usavam o site como os internautas para saber os preços praticados por seus concorrentes", diz Romero.