Tecnologia

FBI e Apple investigam divulgação de fotos de estrelas nuas

O FBI e a Apple estão investigando o ataque em massa que resultou na divulgação de dezenas de fotos de estrelas de Hollywood nuas, como Jennifer Lawrence

A atriz Jenniffer Lawrence participa do lançamento do filme X-Men: Days of Future Past (Mike Coppola/AFP)

A atriz Jenniffer Lawrence participa do lançamento do filme X-Men: Days of Future Past (Mike Coppola/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 12h49.

Los Angeles - O FBI, a polícia federal americana, e a Apple estão investigando o ataque em massa que o gigante da informática sofreu e resultou na divulgação de dezenas de fotos de estrelas de Hollywood nuas.

Segundo a imprensa americana, os hackers tiveram acesso aos bancos de dados do sistema de armazenamento on-line iCloud da Apple.

Outros sitemas também podem estar comprometidos.

"Levamos muito a sério a vida privada de nossos usuários e estamos investigando ativamente", declarou Natalie Kerris, a porta-voz da Apple, segundo o site Re/code.

De acordo com outros meios de comunicação, o FBI também realiza a própria investigação.

"O FBI está atento às acusações de invasão informática e à difusão ilegal de documentos que dizem respeito a personalidades de primeira página e está ocupado do tema", afirmou Laura Eimiller, porta-voz do FBI em Los Angeles, citada pelo jornal Los Angeles Times.

Nas primeiras horas do domingo passado, fotos de artistas posando nuas como - aparentemente - Jennifer Lawrence, Kate Upton e Rihanna, começaram a ser publicadas na internet em um ataque informático em massa.

Além de Lawrence e Rihanna, entre as celebridades que supostamente tiveram fotografias roubadas estão a cantora Avril Lavigne e a atriz Hayden Panettiere.

"É tão estranho e duro como as pessoas tiram a sua privacidade", escreveu Jennifer Lawrence no Twitter.

O agente da atriz ameaçou iniciar ações legais.

"Esta é uma flagrante violação de privacidade. Contactamos as autoridades e perseguirão qualquer um que publique as fotos roubadas de Jennifer Lawrence", disse o representante ao site TMZ.

No domingo à noite, o Twitter começou a suspender as contas que publicaram as fotos de Lawrence, informou o site Mashable.

A cantora Victoria Justice negou que as imagens vinculadas a seu nome sejam autênticas, assim como um porta-voz da cantora Ariana Grande, que afirmou ao site BuzzFeed que as fotografias atribuídas à jove eram "completamente falsas".

Mas a atriz Mary Elizabeth Winstead reconheceu a frustração com o vazamento de fotos íntimas.

"Para aqueles de vocês que estão olhando as fotos que fiz com meu marido há alguns anos na privacidade de nosso lar, espero que estejam bem com vocês mesmos", escreveu no Twitter.

"Sabendo que estas fotos foram apagadas há muito tempo, só posso imaginar o esforço assustador para isto. Me sinto mal por todos que foram hackeados", completou.

Outras aparentes vítimas do roubo em massa, já que não ficou claro que todas as fotos fossem reais, foram Amber Heard, Scarlett Johansson e Wynona Ryder. Alguns meios também mencionaram Kaley Cuoco, Kate Bosworth, Keke Palmer e Kim Kardashian.

Certas fotos já haviam circulado previamente em fóruns on-line e aparentemente eram falsas, mas de qualquer maneira algumas grandes estrelas expressaram sua revolta por esta violação de sua privacidade e ameaçaram tomar ações legais.

O site especializado em tecnologia The Next Web reportou que os hackers conseguiram achar uma falha no sistema de segurança do serviço da Apple "Find my iPhone", um aplicativo que rastreia via GPS os aparelhos perdidos ou roubados.

A Apple já reparou essa falha, segundo o post, mas não a tempo de evitar que as imagens fossem difundidas na comunidade de hackers.

A dimensão deste ataque e o fato de que tenha visado a mulheres que estão sob constante vigilância da mídia reavivou nos Estados Unidos o frequente debate sobre a privacidade on-line e a misoginia na internet.

Este vazamento também representa um desafio para as relações públicas das empresas tecnológicas, que levam anos promovendo seus sistemas de armazenamento on-line - como iCloud, DropBox e GoogleDrive - como um refúgio onde os usuários podem guardar toda sua informação de forma supostamente muito segura.

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