Tecnologia

Fapesp fecha acordo de cooperação científica em Portugal

Presidente da Fapesp assinou memorando para “promover a colaboração em ciência, tecnologia e inovação em áreas de interesse mútuo” com instituição portuguesa


	Celso Lafer: “estou seguro de que o adensamento das relações entre os cientistas de São Paulo e de Portugal será muito vantajoso para os dois lados”
 (USP Imagens)

Celso Lafer: “estou seguro de que o adensamento das relações entre os cientistas de São Paulo e de Portugal será muito vantajoso para os dois lados” (USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 11h05.

Lisboa – O presidente da FAPESP, Celso Lafer, assinou nesta terça-feira (01/10) em Lisboa um memorando de entendimento entre a instituição e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) de Portugal para “promover a colaboração em ciência, tecnologia e inovação em áreas de interesse mútuo”. Pela FCT, o documento foi assinado por Paulo Pereira, vogal do Conselho Diretivo.

A cerimônia foi assistida pela secretária de Estado da Ciência de Portugal, Leonor Parreira, que acompanhou Lafer em visitas a três instituições de pesquisa portuguesas na segunda e na terça-feira: o Laboratório Internacional de Nanotecnologia de Braga, o Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.

A FAPESP é “muito reputada internacionalmente pelo apoio que dá à ciência que é avaliada por pares, que é avaliada de forma independente, no apoio que faz a recursos humanos e é exatamente o que nós fazemos em Portugal”, afirmou a secretária de Estado da Ciência de Portugal.

Ao final das visitas, Lafer se declarou muito impressionado com a sofisticação dos projetos que conheceu: “Inclusive por conta de sua inserção europeia, Portugal está atualmente com um nível de qualidade de pesquisa em áreas de ponta, como estas que conheci, bastante avançado, e estou seguro de que o adensamento das relações entre os cientistas de São Paulo e de Portugal será muito vantajoso para os dois lados”.

O ministro da Educação e Ciência de Portugal, Nuno Crato, participou da exposição feita ao presidente da FAPESP no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, instituição que conta com a participação de 480 pesquisadores, 206 deles com nível de pós-doutorado, e que já mantém cooperação com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e com a Universidade de São Paulo (USP).

O ministro Crato também participou de almoço em homenagem ao presidente da FAPESP oferecido pelo embaixador do Brasil em Lisboa, Mário Vilalva. Na ocasião, Crato expressou sua satisfação com o acordo assinado entre a FAPESP e a FCT e manifestou o desejo de que alguma ação concreta se realize ainda este ano no âmbito do memorando de entendimento.


“Queremos agora um apoio institucional mais forte, um apoio que seja em cofinanciamento de projetos mútuos. Por isso, esta colaboração é muito importante”, afirmou. “Queremos fazer uma seleção de projetos que sejam realmente excelentes, que mereçam um destaque especial por parte dos nossos dois países e em que os dois países se empenhem com os recursos necessários."

Lafer, que foi ministro das Relações Exteriores do Brasil por duas vezes, disse que “tendo sempre defendido a necessidade de uma relação especial entre Brasil e Portugal, considero esta uma oportunidade ideal para adensá-la, agora no campo da ciência e da tecnologia, com vantagens para as duas nações”.

O presidente da FCT, Miguel Seabra, reuniu-se com Lafer na véspera, quando os dois traçaram as linhas gerais para o desenvolvimento de atividades previstas pelo memorando de entendimento. Ambos concordaram em dar prioridade ao financiamento conjunto de pesquisas de envergadura, em vez de realizar apenas workshops ou visitas mútuas de curta duração.

A missão da FCT é promover o avanço do conhecimento científico e tecnológico em Portugal, explorando oportunidades que se revelem em todos os domínios científicos e tecnológicos de atingir os mais elevados padrões internacionais de criação de conhecimento, e estimular a sua difusão e contribuição para a melhoria da educação, da saúde e do ambiente, para a qualidade de vida e o bem-estar do público em geral.

A FCT financia atualmente 2.450 projetos de pesquisa ativos. Além disso, lança concursos de projetos em todos os domínios científicos de dois em dois anos desde 2000, e anualmente desde 2008, além de concursos em áreas científicas específicas.

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