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FAPESP e Universidade West Virginia discutem cooperação

Os primeiros contatos entre pesquisadores da WVU e representantes da Fundação foram feitos em 24 de outubro, durante fórum realizado na cidade de Morgantown

Prédio da West Virginia University: a faculdade tem hoje 32 mil estudantes em áreas como Medicina, Direito, Ciências Sociais e Economia (Wikimedia Commons)

Prédio da West Virginia University: a faculdade tem hoje 32 mil estudantes em áreas como Medicina, Direito, Ciências Sociais e Economia (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 15h04.

São Paulo – A FAPESP deve encaminhar na próxima semana um documento à direção da Universidade West Virginia (WVU, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, para dar início à discussão dos termos de um acordo de cooperação científica e tecnológica entre as duas instituições.

Os primeiros contatos entre pesquisadores da WVU e representantes da Fundação foram feitos em 24 de outubro, durante fórum realizado na cidade de Morgantown. No evento, foram apresentados diversos projetos de pesquisa em andamento na universidade americana, alguns em parceria com instituições brasileiras.

Kenneth Showalter, do Departamento de Química da WVU, destacou um projeto sobre sistemas complexos que envolve cientistas de 15 países, entre eles professores da Universidade Federal do ABC (UFABC). A iniciativa é apoiada pela FAPESP.

Showalter também falou sobre parcerias com a Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outras instituições brasileiras. Algumas já renderam publicações em periódicos de alto impacto, como Nature.

Richard Riley, da Escola de Negócios, tratou de pesquisa sobre a relação entre o aumento da competitividade de empresas e a prevenção de fraudes. O projeto criou dois bancos de dados do período entre 1995 e 2010 para apoiar as investigações.


Trabalhos nas áreas de engenharia orientados para a inovação e em genética funcional também fizeram parte do fórum. Em Medicina, foram apresentados estudos translacionais que incluem a aplicação de descobertas científicas no tratamento de pacientes e o desenvolvimento de métodos para disseminar novos conhecimentos que afetam a saúde pública.

Novos caminhos

Criada em 1867, a WVU tem hoje 32 mil estudantes em áreas como Medicina, Direito, Ciências Sociais e Economia. Todos estão concentrados no mesmo campus, em Morgantown, estimulando a pesquisa interdisciplinar e colaborações científicas dentro da instituição.

Segundo José Sartarelli, diretor da Faculdade de Economia e Negócios, há muitos caminhos a serem abertos. “Temos mais de cem parcerias com instituições internacionais em muitos países e queremos mostrar à direção da universidade novas possibilidades que podem surgir por meio desta aproximação com a FAPESP”, afirmou durante a abertura do encontro.

“Estamos aqui para buscar oportunidades de cooperação entre estudantes de instituições de ensino e pesquisa de São Paulo e da Universidade West Virginia”, afirmou Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Segundo Brito Cruz, o intercâmbio oferecido por meio de acordos internacionais que a FAPESP mantém tradicionalmente com instituições estrangeiras também poderia ser aplicado à WVU.

Por essa via, a FAPESP oferece bolsas para pesquisadores brasileiros no exterior, apoio para participação em conferências internacionais e também para estágios curtos, entre dois e 12 meses, fora do Brasil.


Para atrair cientistas de outros países, a Fundação oferece bolsas de pós-doutorado e programas como Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes (que tem trazido ao Brasil, em média, seis cientistas por mês), a Escola São Paulo de Ciência Avançada (que está em sua oitava chamada) e o São Paulo Excellence Chair (SPEC), em fase piloto, além do Auxílio à Pesquisa – Pesquisador Visitante (que vem contemplando cerca de 250 pessoas por ano).

FAPESP Week 2012

A FAPESP Week 2012, realizada na América do Norte no contexto das comemorações do 50º aniversário da FAPESP, é a segunda rodada internacional de encontros científicos para promover a aproximação entre pesquisadores com produção destacada em suas áreas de atuação, discutir pesquisas em andamento e a elaboração de novos projetos cooperativos. A primeira edição do evento ocorreu em Washington, entre 24 e 26 de outubro de 2011.

Este ano, as atividades tiveram início no dia 17 de outubro, em Toronto, no Canadá. Também foram realizados simpósios no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Cambridge) e no Woodrow Wilson Center (Washington).

O programa incluiu a exposição Brazilian Nature – Mistery and Destiny em três cidades, com exceção de Washington, onde foi exibida no ano passado.

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