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"Fantoche": pressão sobre o TikTok cresce ainda mais nos EUA

Assessor da Casa Branca reitera ameaça de banir o aplicativo chinês e critica americano que comanda o negócio

 (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2020 às 07h06.

Última atualização em 13 de julho de 2020 às 07h07.

A semana deve ser de renovada pressão para o aplicativo chinês TikTok, envolvido em uma série de polêmicas e acusações nos últimos dias. O assessor de comércio da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou ontem em entrevista à Fox que o americano Kevin Mayer, presidente do TikTok, é um "fantoche americano", por trabalhar para a companhia chinesa.

A ByteDance, dona do TikTok, é a startup mais valiosa do planeta, com valor de mercado de mais de 100 bilhões de dólares.

Ex-executivo da Disney, Mayer foi contratado em maio justamente para aproximar o app do ocidente. Não tem sido fácil. Com seus vídeos de até 15 segundos o TikTok é sucesso absoluto entre adolescentes mundo afora, mas nas últimas semanas está em meio a um fogo cruzado, sob acusações de repassar informações de seus usuários a Pequim.

Na semana passada o secretário de Estado americano, Mike Pompey, afirmou que estuda banir o aplicativo dos Estados Unidos, acusação corroborada por Navarro. Na sexta-feira a Amazon proibiu seus funcionários de usar o app. O TikTok, junto com outros apps chineses, foi banido da Índia, país que enfrenta uma disputa militar na fronteira com a China.

O TikTok, por sua vez, vem tentando descolar sua imagem de Pequim. Na semana passada o aplicativo deixou de operar em Hong Kong depois de uma nova lei militar reduzir liberdades civis na ilha que vem deixando de gozar de um regime especial separado da China continental. Navarro disse ontem que não adiantará o TikTok separar sua operação americana e listar ações no país.

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