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Famosa gangue de crimes cibernéticos é desmantelada pelo FBI

Operação foi conduzida pela Agência Nacional de Crime do Reino Unido, pelo FBI dos Estados Unidos, pela Europol e por uma coalizão de agências policiais

Lockbit: gangue usava softwares maliciosos para roubar dados sensíveis de organizações (HUAWEI/Divulgação)

Lockbit: gangue usava softwares maliciosos para roubar dados sensíveis de organizações (HUAWEI/Divulgação)

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 09h01.

Lockbit, uma gangue de cibercrime famosa por roubar os dados de suas vítimas e extorqui-las, foi desmantelada na última segunda-feira, 19, em uma operação internacional envolvendo autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A operação foi conduzida pela Agência Nacional de Crime do Reino Unido, pelo FBI dos Estados Unidos, pela Europol e por uma coalizão de agências policiais, como a da França, Japão, Suíça, Canadá, Austrália, Suécia, Holanda, Finlândia e Alemanha, de acordo com uma postagem no site de extorsão da gangue.

"Este site agora está sob o controle da Agência Nacional de Crime do Reino Unido, trabalhando em estreita cooperação com o FBI e a força-tarefa internacional de aplicação da lei, ‘Operação Cronos’," disse a postagem.

Ameaça mundial

Lockbit e suas afiliadas hackearam algumas das maiores organizações do mundo nos últimos meses. O grupo extorquiu mais de 1.700 organizações nos EUA em quase todas as indústrias, e as autoridades o descreveram como a maior ameaça de ransomware do mundo.

Ransomwares são um tipo de software malicioso que criptografa dados. Uma vez que têm acesso às informações sensíveis usando esses programas, o grupo ameaça vazá-los se as vítimas não pagarem um resgate dentro de um determinado prazo. Em novembro do ano passado, por exemplo, o Lockbit publicou dados internos da Boeing.

Lockbit foi descoberto em 2020 quando seu software malicioso homônimo foi encontrado em fóruns de cibercrime de língua russa, levando alguns analistas de segurança a acreditar que a gangue está sediada na Rússia.

A gangue não professou apoio a nenhum governo, no entanto, e nenhum governo a atribuiu formalmente a um país. Em seu site na darkweb, agora extinto, o grupo dizia que estava "localizado nos Países Baixos, completamente apolítico e interessado apenas em dinheiro".

Antes de ser retirado do ar, o site do Lockbit exibia uma galeria de organizações vítimas que era atualizada quase diariamente. Ao lado de seus nomes, havia relógios que mostravam o número de dias restantes para o prazo dado para o pagamento de resgate. O FBI disse estar rastreando 144 milhões de resgates pagos em relação aos ataques do LockBit.

Acompanhe tudo sobre:HackersFBI

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