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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h23.
SÃO PAULO (15h28) - Os internautas estão cada vez mais aderindo a serviços de identidade online, como o Passport, da Microsoft. Mas isso não quer dizer que eles estejam minimamente interessados em armazenar seus dados pessoais online.
Segundo um estudo realizado pelo Gartner, esses internautas estão quase sendo obrigados a registrar-se em tais serviços para poder ter acesso a outros, os quais eles realmente desejam usar.
O Gartner usa o próprio Passport como exemplo. O serviço, que dobrou seu número de usuários de sete milhões em agosto de 2001 para 14 milhões em fevereiro de 2002 é a porta de entrada obrigatória para quem quiser acessar outros produtos online da Microsoft, como o Hotmail e o Messenger. O registro no Passport é pedido também aos usuários da última versão do sistema operacional da empresa, o Windows XP. "Os internautas assinam o Passport porque devem assinar, e não porque estão interessados nas características de conveniência que o serviço oferece", acredita Avivah Litan, vice-presidente do Gartner.
Para comprovar sua teoria, o instituto de pesquisa entrevistou as pessoas que se registraram no Passport em fevereiro e descobriu que 84% delas só assinaram o Passport para acessar outros serviços da Microsoft. Em agosto do ano passado, esse índice era de 61%. Apenas 2% disseram, em fevereiro, que se registraram para ter um instrumento de controle de várias identificações e senhas na web, contra 16% que responderam a mesma coisa em agosto de 2001.
Quando se fala em identidade online, diz a pesquisa, os bancos americanos saem na frente no índice de confiança dos internautas: 47% deles assinam o serviço para administrar seus dados pessoais e carteiras eletrônicas. Outros 12% disseram confiar no produto da Microsoft; enquanto 8% e 6% afirmaram confiar nos serviços online equivalentes oferecidos, respectivamente, pelos cartões de crédito e pela America Online.