Tecnologia

Falha do Facebook mostra necessidade de mais concorrentes, diz UE

Os problemas no acesso aos serviços da companhia, que duraram pelo menos seis horas, impediram 3,5 bilhões de usuários da companhia de lerem suas mídias sociais

Facebook: a falha também acabou interrompendo o trabalho de muitos empresários que dependem da plataforma para conduzir seus negócios (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Facebook: a falha também acabou interrompendo o trabalho de muitos empresários que dependem da plataforma para conduzir seus negócios (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2021 às 12h22.

A falha no acesso aos serviços do Facebook na véspera mostrou as consequências de se depender apenas de poucas empresas e ressalta a necessidade de mais opções, afirmou a comissária de defesa da concorrência da União Europeia, Margrethe Vestager, nesta terça-feira.

Os problemas no acesso aos serviços da companhia, que duraram pelo menos seis horas, impediram 3,5 bilhões de usuários da companhia de lerem suas mídias sociais e enviarem mensagens pelo WhatsApp, Instagram e Messenger, o maior montante já registrado pelo site de monitoramento Downdetector.

A falha também acabou interrompendo o trabalho de muitos empresários que dependem da plataforma para conduzir seus negócios e grandes levas de usuários passaram a usar serviços rivais como Twitter e TikTok na segunda-feira.

Vários funcionários do Facebook disseram sem revelar nomes que acreditavam que o problema foi causado por um erro interno de configuração dos sistemas de roteamento do tráfego de dados.

"Precisamos de alternativas e opções no mercado de tecnologia e não depender apenas de alguns grandes grupos, sejam eles quem for", disse Vestager no Twitter.

A comissária propôs no ano passado regras conhecidas como Digital Markets Act (DMA) que definem uma lista do que Amazon, Apple, Facebook e Google podem ou não fazer e que, em essência, força as empresas a mudarem seus modelos de negócios para permitirem mais competição.

Os parlamentares e os países da UE estão atualmente debatendo suas próprias propostas e vão precisar conciliar os três projetos antes que as novas regras possam entrar em vigor.

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