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Facebook volta a ser alvo de críticas de violar privacidade

Nova política da rede "expandiria dramaticamente o uso de informações pessoais para fins publicitários", denunciaram seis organizações de defesa da privacidade


	Facebook: rede revelou mudanças como parte de acordo que se seguiu a ação coletiva sobre uso dos nomes e imagens dos usuários nas chamadas "histórias patrocinadas"
 (REUTERS/Dado Ruvic)

Facebook: rede revelou mudanças como parte de acordo que se seguiu a ação coletiva sobre uso dos nomes e imagens dos usuários nas chamadas "histórias patrocinadas" (REUTERS/Dado Ruvic)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 19h33.

O site de relacionamentos Facebook voltou a receber críticas de ativistas de defesa da privacidade, após revelar uma nova política que poderia transformar dados e fotos dos usuários em peças publicitárias.

O novo plano "expandiria dramaticamente o uso de informações pessoais para fins publicitários", denunciaram nesta semana seis organizações de defesa da privacidade em carta endereçada à Comissão Federal de Comércio (CFC) americana.

A carta diz que as mudanças violam um acordo formalizado em 2011 com a agência de vigilância americana e insta a Comissão a "agir para impor sua decisão".

Se as mudanças forem efetivadas, diz a carta, "os usuários do Facebook que pensavam que suas imagens e seu conteúdo não seriam usados para fins comerciais sem seu consentimento, agora descobrirão que suas fotos exibidas nas páginas de seus amigos endossarão produtos de anunciantes do Facebook".

"Notavelmente, suas imagens poderiam inclusive ser usadas pelo Facebook para endossar produtos de que o usuário não gosta ou sequer usa", continua a carta assinada pelo Centro de Informação para a Privacidade Eletrônica, o Centro para Democracia Digital, o serviço de defesa do consumidor Consumer's Watchdog, entre outros grupos.

O Facebook revelou as mudanças como parte de um acordo que se seguiu a uma ação coletiva sobre o uso dos nomes e imagens dos usuários nas chamadas "histórias patrocinadas".

Segundo a carta, a política atual do Facebook permite a seus usuários limitar como seu nome e foto de perfil podem ser associados à publicidade.


Na nova proposta, indica o Facebook, "você nos dá permissão para usar seu nome, foto de perfil, conteúdo e informação em conexão com conteúdo comercial, patrocinado ou relacionado".

Os ativistas afirmam que a medida permitiria ao Facebook virtualmente transformar todos os dados dos usuários em publicidade.

"Há muito tempo o Facebook tem sido irresponsável com os dados dos usuários e confiado em configurações complicadas para confundi-los, mas estas mudanças propostas vão além disso", afirmou John Simpson, diretor de privacidade do Consumer Watchdog.

"O excesso do Facebook viola o acordo com a CFC, firmado depois da última grande violação de privacidade; se a Comissão quer preservar sua credibilidade, precisa agir imediatamente para impor sua decisão", continuou.

Também endossaram a carta as organizações Privacy Rights Clearinghouse, US PIRG e Patient Privacy Rights.

Encarregados do Facebook afirmaram que suas políticas não foram modificadas, mas elucidadas em uma nova linguagem.

"Como parte desta proposta de atualização, nós revisamos nossa explicação de como coisas como o seu nome, foto de perfil e conteúdo podem ser usadas em ligação com anúncios e conteúdo comercial para deixar claro que você está dando permissão ao Facebook para seu uso quando você usar nossos serviços", afirmou um porta-voz da empresa.

"Nós não alteramos nossas práticas ou políticas de publicidade, apenas as tornamos mais claras para as pessoas que usam nosso serviço", emendou.

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