Marielle Franco (Renan Olaz/CMRJ/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de agosto de 2019 às 10h28.
Uma análise interna do Facebook mostra que o gigante das mídias sociais não foi capaz de desvelar e impedir uma rede de contas no Brasil espalhando desinformação sobre a vereadora do PSOL Marielle Franco após o seu assassinato, um evento que polarizou ainda mais o país às vésperas de uma eleição presidencial disputada em altas temperaturas, mostram documentos obtidos pelo Wall Street Journal.
A empresa, que demorou quatro meses para desmantelar essa rede, também descobriu que um grupo que apoiava o então candidato Jair Bolsonaro, vencedor da eleição, estava encorajando os seus seguidores no Facebook a usar um aplicativo criado por fornecedores independentes que habilitava o grupo a fazer publicações em seu nome duas vezes ao dia.
O Facebook não sabia sobre essas atividades até ser alertado por repórteres e ainda assim não conseguiu determinar quão difundida ela estava, mostram os documentos.