Facebook: a rede social monitora imagens com PhotoDNA desde 2011 (REUTERS/Thomas Hodel)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2014 às 11h40.
São Paulo - O Facebook admitiu que monitora as fotos publicadas pelos usuários na rede social. O objetivo disso seria evitar que imagens supostamente pornográficas entrem no ar.
"Nós usamos o PhotoDNA para checar se cada imagem publicada no nosso site não é reconhecidamente de um abuso infantil", afirmou, em entrevista ao Business Insider, um porta-voz do Facebook.
"Se a imagem for abusiva, evitamos que seja publicada no Facebook, desativamos a conta do usuário e enviamos ao NCMEC para investigação", complementou ele.
NCMEC é a sigla em inglês para Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, órgão do governo americano criado para combater a exploração infantil.
Já o PhotoDNA é o nome do programa da Microsoft que identifica possíveis imagens pornográficas. É usado pelo Facebook e pelo Google, além da própria Microsoft.
PhotoDNA
Criado pela Microsoft em 2009, o PhotoDNA compara semelhanças entre diferentes fotos para identificar possíveis imagens de pornografia infantil.
Em poucos segundos, a ferramenta seria capaz de reduzir um conjunto de 3.692 fotos a 1.425 grupos de imagens semelhantes, afirma a Microsoft. Segundo o site da empresa, o Facebook usa a tecnologia desde 2011.
Em seus termos de serviço, o Facebook não alerta seus usuários para o possível monitoramento de fotos, mas firma compromissos no sentido de "manter o Facebook seguro".
"Você não publicará conteúdo que: incite ao ódio ou seja ameaçador ou pornográfico; incite à violência; ou contenha nudez ou violência gráfica ou desnecessária", afirma o texto dos termos de serviço.
A questão do monitoramento de fotos pelos gigantes da internet veio à tona no começo da semana. Isso aconteceu após um homem ser preso depois de o Google denunciá-lo ao NCMEC por enviar imagens supostamente pornográficas de crianças a um amigo via Gmail.
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