Tecnologia

Facebook revela como controla dados dos usuários

Segundo executivos da empresa, a rede social armazenaria todo o histórico de navegação do usuário durante os últimos 90 dias

Muitas empresas de segurança criticam a postura do Facebook em lidar com a privacidade dos usuários na web e alertam para o perigo de cibercriminosos (Divulgação)

Muitas empresas de segurança criticam a postura do Facebook em lidar com a privacidade dos usuários na web e alertam para o perigo de cibercriminosos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2011 às 13h02.

São Paulo – Engenheiros do Facebook explicaram em detalhes como a rede social rastreia e gerencia os dados dos usuários.

Em entrevista ao jornal USA Today, pela primeira vez, Arturo Bejar, diretor de engenharia, o porta-voz Andrew Noyes, o porta-voz corporativo Barry Schnitt e Gregg Stefancik, gerente de engenharia, revelaram como o Facebook controla os dados de seus mais de 800 milhões de usuários.

Segundo os relatos, o Facebook criaria formas diferentes de rastrear um usuário conectado e um não-conectado. A rede social armazenaria todo o histórico de navegação do usuário durante os últimos 90 dias.

Para os usuários logados, o Facebook instala dois tipos de cookies: um para o browser e outro para a rede social. Desta forma, a empresa poderia compreender o comportamento do usuário e identificar perfis falsos, ataques phishing ou envio de links maliciosos.

O Facebook então recolheria dados como endereço de e-mail, nome, lista de contatos e as preferências do usuário, como visitas feitas a outros sites que possuam o botão “Curtir” ou “Recomendar” da rede social.

Caso somente acesse uma página do Facebook sem fazer login, a rede social ativa somente o cookie do navegador para recolher dados da máquina, como sistema operacional e endereço IP, sem armazenar informações pessoais.

Porém, muitas empresas de segurança criticam a postura do Facebook em lidar com a privacidade dos usuários na web e alertam para o perigo de cibercriminosos obterem os dados coletados por meio dos botões “Curtir” e então os utilizarem para roubar propriedades intelectuais.

Os executivos do Facebook, por sua vez, alegam que não utilizam essa tecnologia de rastreamento de cookies para fornecer publicidade específica aos usuários. Os anúncios que são exibidos na página da rede social são escolhidos conforme o comportamento do internauta na rede e ao clicar no botão “Curtir”.

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