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Facebook removerá vídeos "deepfakes" antes das eleições dos EUA de 2020

"Deepfakes" usam inteligência artificial para criar vídeos hiper-realistas onde uma pessoa parece dizer ou fazer algo que não aconteceu

Facebook: empresa tem sido criticada por suas políticas de conteúdo por políticos de todo o espectro (Chesnot/Getty Images)

Facebook: empresa tem sido criticada por suas políticas de conteúdo por políticos de todo o espectro (Chesnot/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 11h20.

São Paulo — O Facebook disse que removerá os 'deepfakes' e outros vídeos manipulados de sua plataforma se eles tiverem sido editados, mas não o conteúdo que é paródia ou sátira, em uma tentativa de conter a disseminação de desinformação antes das eleições presidenciais dos EUA deste ano.

A empresa também removerá mídias falsas que são resultado de tecnologias como a IA que "mesclam, substituem ou sobrepõem o conteúdo de um vídeo, fazendo com que pareça autêntico", disse a empresa californiana em seu blog em 6 de janeiro.

"Esta política não se estende ao conteúdo que é paródia ou sátira, ou um vídeo que foi editado apenas para omitir ou alterar a ordem das palavras", disse o Facebook.

A gigante de mídia social disse à Reuters que, como parte de sua nova política, não removerá um vídeo editado que tentou fazer a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, parecer incoerente, distorcendo seu discurso e fazendo parecer que ela estava repetidamente tropeçando em suas palavras.

"O vídeo adulterado da presidente Pelosi não atende aos padrões desta política e não será removido. Apenas vídeos gerados por inteligência artificial para retratar pessoas dizendo coisas fictícias serão retirados", disse o Facebook em comunicado.

O Facebook foi criticado por suas políticas de conteúdo por políticos de todo o espectro. Os democratas criticaram a empresa por se recusar a checar os anúncios políticos, enquanto os republicanos a acusaram de discriminar opiniões conservadoras, acusação negada pelo Facebook.

Na preparação para a eleição presidencial dos EUA em novembro de 2020, as redes sociais estão sob pressão para enfrentar a ameaça dos 'deepfakes', que usam inteligência artificial para criar vídeos hiper-realistas onde uma pessoa parece dizer ou fazer algo que não aconteceu.

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