Tecnologia

Facebook recruta âncoras da CNN e Fox News para programas de notícias

Facebook está pagando as empresas e outras organizações de notícias por seu serviço de vídeo, conhecido como Watch

Facebook: empresa informou nesta quarta-feira que vai introduzir programas de notícias ainda este ano (Dado Ruvic/Reuters)

Facebook: empresa informou nesta quarta-feira que vai introduzir programas de notícias ainda este ano (Dado Ruvic/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 6 de junho de 2018 às 12h53.

San Francisco - O Facebook informou nesta quarta-feira que vai introduzir programas de notícias este ano ancorados por Anderson Cooper, da CNN, Shepard Smith, da Fox News, e Jorge Ramos, da Univision, na tentativa de melhorar a qualidade de notícias na rede social.

O Facebook está pagando as três empresas e outras organizações de notícias por seu serviço de vídeo, conhecido como Watch, na esperança de conter notícias falsas e impulsionar o negócio de anúncio em vídeo na rede social.

Os programas serão originais para o Facebook e lançados nos próximos meses com intervalos comerciais, disse Campbell Brown, chefe de parcerias globais de notícias do Facebook.

"Nós tentamos formar um conjunto diverso de parceiros que já estejam produzindo notícias de qualidade e que também sejam hábeis em engajar a audiência", disse Campbell Brown, uma ex-âncora de televisão, em uma entrevista.

A CNN, da Time Warner CNN, a Fox News e a Univision normalmente atraem audiências diferentes.

Outros programas no Facebook Watch serão produzidos pela ABC News, da Walt Disney, pela Alabama Media Group, da Advance Publications e websites ATTN: e Mic, sendo que outras parcerias devem ser anunciadas posteriormente. Alguns programas serão diários e outros menos frequentes.

Os programas vão testar mecanismos de rede social como pesquisas, disse ela.

Sites sociais têm sofrido para controlar notícias falsas, sensacionalismo e trotes que se espalham com facilidade nas redes sociais. Os posts têm sido alvo de acusações de fomentar divisão política ao redor do mundo e violência em países como Sri Lanka.

"Tem havido um esforço real para reduzir o sensacionalismo em busca de click", disse Campbell Brown.

No lado comercial, o Facebook mirou em vídeos como uma fonte de receita de publicidade conforme o registro em seu feed de notícias se torna escasso.

O Facebook vai dividir a receita de anúncios com as empresas além de pagar a elas para produzirem os programas, disse. Ela não informou os detalhes dos acordos.

Acompanhe tudo sobre:CNNFacebookFox

Mais de Tecnologia

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma

Netflix atinge 94 bilhões de horas assistidas no primeiro semestre de 2024, afirma CEO