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Facebook permite que usuários no Brasil escondam publicidade política

Em 2019, Mark Zuckerberg defendeu a rede social por não remover publicidade de políticos da plataforma.

MARK ZUCKERBERG: ao menos no Brasil, rede social permitirá que usuários escondam propaganda política / Stephen Lam/Reuters (Stephen Lam/Reuters)

MARK ZUCKERBERG: ao menos no Brasil, rede social permitirá que usuários escondam propaganda política / Stephen Lam/Reuters (Stephen Lam/Reuters)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 16h05.

O Facebook anunciou nesta terça-feira (4) uma mudança na exibição de publicidade que vai valer para o Brasil: a partir desta semana, será permitido aos usuários esconder propaganda e anúncios políticos no Facebook e também no Instagram.

Os usuários das redes poderão fazer o gerenciamento desse tipo de conteúdo na aba "Preferências de anúncios" do Facebook ou "Preferências de tópicos de anúncios" no Instagram.

Esse tipo de publicidade ainda contará com um selo de identificação: um aviso com a inscrição "Pago por" ou "Propaganda Eleitoral", parte de uma política anunciada pela empresa em junho, e que vai requerer que anunciantes confirmem identidade e residência no país. Haverá ainda a opção para que esses anunciantes forneçam número de CNPJ ou CPF. Segundo o Facebook, o objetivo é dar maior controle aos anúncios que usuários querem ver, uma demanda frequente, além de trazer maior transparência sobre o que é exibido.

O tema da publicidade política em redes sociais é um assunto polêmico para o Facebook, e que vem sendo discutido desde o final de 2019. Em outubro, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, fez um discurso na Universidade Georgetown, onde defendeu a empresa por não remover propaganda política, sob a alegação de que os usuários "deveriam ver por elas mesmas o que os políticos estão dizendo". Na mesma época, o Twitter anunciou que não permitiria mais publicidade de tema político em sua plataforma.

A relação das empresas com conteúdo difundido por autoridades e políticos se agravou ainda mais em 2020, quando o Twitter marcou publicações do presidente americano Donald Trump. Em uma delas, a rede social afirmou que era preciso checar declarações do mandatário sobre voto por correio e, em outra, categorizou o tuíte de Trump por promover a violência. O Facebook, por outro lado, não tomou medidas contra as mesmas publicações — e foi criticado por uma auditoria independente, que avaliou como a empresa lida com questão relacionadas a direito civil.

 

 

 

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