Tecnologia

Facebook oferecerá aulas gratuitas de programação a mulheres

Durante duas horas, as alunas selecionadas aprenderão conceitos de linguagem de programação, exercícios de lógica e poderão escrever códigos básicos


	Mulher usa computador: curso faz parte do projeto “Elas em Tec” e será feito em parceria com a CTC digital
 (moodboard/Thinkstock)

Mulher usa computador: curso faz parte do projeto “Elas em Tec” e será feito em parceria com a CTC digital (moodboard/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 19h39.

São Paulo - Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, o Facebook oferecerá aulas gratuitas de iniciação em programação e conceitos de codificação e lógica.

O curso faz parte do projeto “Elas em Tec” e será feito em parceria com a CTC digital, com o objetivo de despertar o interesse do público feminino por essa área.

O treinamento será realizado em 4, 5 e 6 de março no laboratório de inovação do Facebook.

São 48 vagas disponíveis para quem quiser se inscrever, com 16 pessoas por dia de curso.

Durante duas horas, as alunas selecionadas aprenderão conceitos de linguagem de programação, exercícios de lógica e poderão escrever códigos básicos.

As inscrições podem ser feitas pelo site do projeto ou pelo e-mail elas@fb.com.

É preciso informar o nome e telefone de contato na mensagem.

Veja abaixo a programação para as aulas:

4 de março (quarta-feira) - das 18h às 20h

5 de março (quinta-feira) - das 18h às 20h

6 de março (sexta-feira) - das 17h às 19h

Local: CTC Digital – Rua 24 de maio, 276 – 3º andar – ao lado do metrô República – São Paulo

Apesar de ser lançado no Brasil para celebrar o Dia da Mulher, o projeto “Elas em Tec” pretende promover mais aulas gratuitas de programação para todos os públicos, masculino e feminino, mesmo após a data comemorativa.

É possível conferir as datas das aulas todos os meses pelo portal da CTC Digital.

Mais cursos gratuitos

A CTC Digital oferece outros 11 cursos gratuitos para auxiliar na formação técnica de estudantes de escolas públicas com idade entre 15 e 21 anos.

Todos eles são financiados com recursos do FUMCAD (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente).

Há vagas para cursos de web design, arte digital, programação básica, Office avançado, audiovisual, modelagem 3D, Facebook para Negócios, Google Adwords, game design, game tester e Python.

Eles têm carga horária de 48 a 80 horas e 4 meses de duração.

Para participar de um desses cursos, é preciso se inscrever pelo site da CTC até 20 de março.

Por que precisamos de mais mulheres em tecnologia?

Não é novidade que as mulheres têm pouca representação no mercado de trabalho em TI.

Vários relatórios de diversidade das maiores empresas do segmento mostram que elas não chegam a compor nem 30% do quadro de funcionários.

E esse caso pode tomar proporções alarmantes: as (poucas) mulheres estão abandonando a carreira em tecnologia.

Segundo um estudo da Code.org, estima-se que os empregos na área de computação terão um enorme crescimento até 2020, para 1,4 milhão.

No Brasil, consultorias preveem que o mercado de TI pode ultrapassar o PIB nacional e, com a instabilidade econômica, os profissionais da área terão que desempenhar funções estratégicas nas companhias.

Se as mulheres continuarem deixando a área, será ainda mais difícil encontrar profissionais qualificados para ocupar essas posições.

Porém, não é de se surpreender que elas estejam tomando essa decisão, afinal, há vários motivos para isso acontecer: a falta de incentivo, o preconceito sofrido no ambiente de trabalho e a falta de reconhecimento - já que a maioria dos cargos de liderança em TI é dos homens e eles chegam a ganhar mais que suas colegas mulheres mesmo que estejam no mesmo cargo.

Há até um julgamento em andamento nos Estados Unidos sobre a ex-funcionária de uma empresa do Vale do Silício que afirma ter sofrido discriminação de gênero em seu trabalho.

Vale lembrar que essa não é a primeira iniciativa do Facebook para incluir mais mulheres no mundo da tecnologia.

Depois de realizar seu primeiro relatório de diversidade - o qual informa que as mulheres compõem menos de um terço de seu quadro de funcionários - a empresa passou a divulgar mais iniciativas e parcerias que incluam tanto mulheres quanto outras minorias, com cursos e projetos que visam incentivar estudantes a seguir carreira nessa área.

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