. (Eric Gaillard/Reuters)
São Paulo - Estaria o LinkedIn com os dias contados? Com o lançamento de recursos como a mentoria de carreiras e a busca direcionada por empregos na rede social, o Facebook vem, aos poucos, invadindo o segmento liderado pela plataforma de negócios da Microsoft. Agora, a empresa mira no aprendizado dos usuários interessados em alavancar a carreira.
No início de novembro, o Facebook lançou o portal “Learn with Facebook” (“Aprenda com o Facebook”, em português), que oferece, até o momento, quatro cursos relacionados a marketing digital e projeção de carreira. A empresa aprimora os recursos das ferramentas de mentoria, disponível nos grupos da rede social, e de vagas de emprego, disponível nas páginas oficiais de empresas e na página “Empregos no Facebook”, específica para divulgação de oportunidades.
As iniciativas marcam o posicionamento da empresa na direção de diversificar as razões pelas quais as pessoas utilizam a rede social, em um cenário em que explorar novos segmentos parece mais vantajoso que seguir investindo na lógica que colocou o Facebook no centro de vários escândalos políticos recentes. Fora isso, a rede social perdeu relevância junto ao público jovem americano.
Na plataforma “Learn with Facebook”, os 13 módulos iniciais oferecem conteúdo sobre desenvolvimento profissional e orientações sobre como usar a rede para encontrar emprego. Apesar de oferecer pouco ao usuário em comparação com os 13 mil cursos nas áreas de Negócios, Criação e Tecnologia disponíveis na plataforma LinkedIn Learning, o Facebook tem planos para os próximos anos: até 2020, a empresa almeja oferecer treinamento de habilidades digitais a um milhão de pessoas e pequenas empresas americanas.
"Pretendemos construir o conteúdo para nos certificarmos de que estamos evoluindo com economia de mercado e habilidades profissionais", disse Fatima Saliu, diretora de marketing de políticas do Facebook, ao site TechCrunch. A empresa já firma parcerias com terceiros para aprimorar a oferta de cursos, e estuda também adquirir sites de e-learning.
“Para nós, trata-se de atender as necessidades dos candidatos a emprego. Neste momento, estamos trabalhando com parceiros, mas estamos abertos a todas as possibilidades para atender a essa necessidade", disse Saliu.
Por enquanto, o Facebook não cobra por seus serviços de desenvolvimento de carreira, enquanto o LinkedIn cobra 50 reais pelo plano mensal de acesso à plataforma de aprendizado, após um mês de uso gratuito.
Dentro da rede social, a equipe do Facebook segue testando e aprimorando recursos para concentrar em seu site serviços já oferecidos por outras empresas. A possibilidade de oferecer mentoria e, agora, vagas de emprego nas páginas dos grupos são um exemplo de facilidade encontrada pelo usuário que busca conselhos e oportunidades para alavancar a carreira.