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Facebook lança Internet.org em meio a debate na Índia

Segundo a gigante de mídia social, plataforma vai impulsionar esforços para conectar pessoas em áreas rurais e de baixa renda em mercados emergentes


	Mark Zuckerberg: iniciativa foi lançada em nove países na África, América Latina e Ásia, incluindo a Índia, conectando mais de 8 milhões de pessoas à Internet
 (Justin Sullivan/Getty Images)

Mark Zuckerberg: iniciativa foi lançada em nove países na África, América Latina e Ásia, incluindo a Índia, conectando mais de 8 milhões de pessoas à Internet (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2015 às 09h50.

Bombaim - O Facebook lançou sua plataforma Internet.org para novos websites e aplicativos de desenvolvedores nesta segunda-feira, uma medida que, segundo a gigante de mídia social, vai impulsionar esforços para conectar pessoas em áreas rurais e de baixa renda em mercados emergentes.

No entanto, a decisão atraiu críticas de alguns ativistas online na Índia, que expressaram preocupações quanto ao controle do Facebook sobre todos os dados acessados no serviço e disseram que isso viola os princípios de uma Web aberta.

A Internet.org oferece acesso gratuito via telefones móveis a serviços limitados na Web, com foco em listas de empregos, informações agrícolas, saúde e educação, além dos serviços de mensagem do próprio Facebook.

A iniciativa foi lançada em nove países na África, América Latina e Ásia, incluindo a Índia, conectando mais de 8 milhões de pessoas à Internet, disse o vice-presidente de produto da Internet.org, Chris Daniels, que foi a Nova Delhi falar com parceiros e operadores.

A plataforma está aberta a todos os desenvolvedores que atenderem certas diretrizes, incluindo a de que criem conteúdo que possa ser explorado tanto em celulares básicos quanto em smartphones e sejam acessíveis mesmo por banda larga limitada, disse o Facebook.

O Facebook fez uma parceria com a Reliance Communications para lançar o Internet.org na Índia em fevereiro.

No entanto, várias empresas de comércio eletrônico e desenvolvedores de conteúdo saíram do serviço após ativistas alegarem que ele viola princípios de neutralidade da rede – o conceito segundo o qual todos os websites na rede devem ser tratados da mesma maneira.

Nikhil Pahwa, voluntário do grupo de campanha pró-neutralidade de rede savetheinternet.in, disse que o serviço causará uma mudança permanente na maneira como a Internet funciona.

"Demos ligações gratuitas ilimitadas para as pessoas? Então qual o motivo dessa abordagem quase paternalista com a Internet?Você deixa outras companhias e o uso mais amplo da Web em desvantagem", disse Pahwa, que também é fundador do Medianama.com, uma publicação de mídia digital.

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