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Facebook inicia "verificação de fatos" em fotos e vídeos

Empresa enfrenta alvoroço com reclamações que vão desde a disseminação de notícias falsas até o escândalo com a Cambridge Analytica

Facebook: checagem de fatos na rede começou nesta quarta-feira, na França, com a ajuda da organização de notícias AFP (Reuters/Reuters)

Facebook: checagem de fatos na rede começou nesta quarta-feira, na França, com a ajuda da organização de notícias AFP (Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2018 às 17h46.

San Francisco - O Facebook informou nesta quinta-feira que começou uma "checagem de fatos" em fotos e vídeos para reduzir as fraudes e falsas notícias que assolaram a maior rede social do mundo.

Há meses o Facebook enfrenta um alvoroço entre usuários cujas reclamações vão desde a disseminação de notícias falsas até o uso da rede para manipular eleições e a coleta de dados do Facebook de 50 milhões de pessoas pela consultoria política Cambridge Analytica.

Fotos e vídeos manipulados são outro problema crescente nas mídias sociais.

A checagem de fatos começou nesta quarta-feira, na França, com a ajuda da organização de notícias AFP e, em breve, se expandirá para mais países e parceiros, disse Tessa Lyons, gerente de produtos do Facebook, em entrevista coletiva com repórteres.

Lyons não disse quais critérios o Facebook ou a AFP usariam para avaliar fotos e vídeos, ou quanto uma foto poderia ser editada ou manipulada antes de ser considerada falsa.

O projeto faz parte de "esforços para combater notícias falsas sobre eleições", afirmou.

Um representante da AFP não pode ser imediatamente contatado para comentar o assunto.

O Facebook tentou outras formas de conter a disseminação de notícias falsas. A empresa usou verificadores de fatos de terceiros para identificar tais notícias e, em seguida, deu menos destaque a essas histórias no feed do Facebook quando as pessoas compartilham os links.

Alex Stamos, diretor de segurança do Facebook, disse no comunicado que a empresa estava preocupada não apenas com fatos falsos, mas também com outros tipos de falsidade.

Ele também afirmou que o Facebook queria reduzir "audiências falsas", que descreveu como "truques" para artificialmente expandir a percepção de apoio a uma mensagem em particular, bem como "narrativas falsas", como manchetes e linguagem que "exploram divergências".

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