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Facebook fica mais perto de 3 bilhões de usuários ativos e receita cresce em 2020

O número de usuários ativos da rede social atrai novos anunciantes, o que traz mais dinheiro para a companhia. Efeitos do WhatsApp devem aparecer no próximo trimestre

Facebook: receita recorde marca 2020 para a empresa (NurPhoto/Getty Images)

Facebook: receita recorde marca 2020 para a empresa (NurPhoto/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 27 de janeiro de 2021 às 18h19.

Última atualização em 28 de janeiro de 2021 às 08h24.

O Facebook e seus investidores têm motivos para comemorar nesta quarta-feira, 27. A rede social teve uma receita de 28 bilhões de dólares no último trimestre de 2020, o que representa um crescimento de 23,8% em relação a 2019, e chegou ainda mais perto da marca de 3 bilhões de usuários ativos mensais (MAU, na sigla em inglês), fechando o ano com 2,8 bilhões de pessoas online na plataforma.

O número de usuários ativos do Facebook tem uma importância significativa no mundo dos negócios e é olhado de perto por investidores no mundo todo, uma vez que indica quantas pessoas poderão ver os anúncios exibidos e ajuda as empresas a calcular quanto elas podem faturar ao anunciar na rede social.

Os anúncios também têm impactos diretos nos ganhos. Ao todo, a receita de publicidade do quarto trimestre era de 27,1 bilhões de dólares — no mesmo período de 2019, eram 20,7 bilhões de dólares.

Apesar do crescimento contínuo de usuários, é esperada uma desaceleração nos próximos meses. Isso porque o Facebook já saturou a maioria dos mercados globais — e o aumento rápido pode se tornar uma tarefa mais complicada nos próximos anos.

A receita total para o ano de 2020 foi de 86 bilhões de dólares, valor 21,8% maior do que o mesmo período do ano anterior.

A pandemia do novo coronavírus impulsionou o crescimento da receita da rede social. No ano passado, o Facebook apostou de vez no comércio eletrônico, de olho nas tendências de compras digitais, criando o Facebook Shops, serviço que permite que os vendedores criem vitrines na rede social e no Instagram, podendo até customizar a aparência do ambiente online.

"Isso significa que qualquer vendedor, não importa o tamanho de seu orçamento, pode digitalizar seu negócio e se conectar com clientes onde e da maneira que for mais conveniente para eles", afirmou a empresa. Com a ferramenta, os clientes podem entrar em contato com os lojistas por WhatsApp, Messenger ou Mensagem Direta, no caso do Instagram, para acompanhar as compras feitas.

Apesar dos bons resultados divulgados, nesta quinta a companhia de Mark Zuckerberg fechou o pregão em baixa, com queda de 3.51% no preço das ações, sendo avaliada em 775 bilhões de dólares. No fechamento desta quarta-feira, 26, o Facebook era avaliado em 804 bilhões de dólares.

A estimativa feita por analistas era de que a receita da rede social estaria na casa dos 26,3 bilhões de dólares, com cerca de 2,7 bilhões de usuários ativos no mundo todo. No último trimestre de 2019, a receita foi de 21,08 bilhões de dólares, com 2,5 bilhões de pessoas utilizando o Facebook.

Com as confusões relacionadas às políticas de compartilhamento de dados do WhatsApp, era esperado que os investidores pudessem perder mais de 2 bilhões de dólares — as perdas, no entanto, devem ficar para o primeiro trimestre de 2021.

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