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Facebook exclui contas russas que atuavam em países africanos

A operação por trás das contas está vinculada a Yevgeny Prigozhin, aliado de Putin e acusado nos EUA em relação à campanha para interferir nas eleições

Facebook: empresa eliminou 35 contas, 53 páginas, sete grupos e ainda cinco contas de Instagram (Alberto Pezzali/Getty Images)

Facebook: empresa eliminou 35 contas, 53 páginas, sete grupos e ainda cinco contas de Instagram (Alberto Pezzali/Getty Images)

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AFP

Publicado em 30 de outubro de 2019 às 14h40.

Última atualização em 30 de outubro de 2019 às 16h10.

A rede social Facebook anunciou nesta quarta-feira (30) que desativou várias contas vinculadas a um aliado do presidente russo, Vladimir Putin, orientadas a lançar uma campanha de desinformação dirigida a oito países africanos.

A operação por trás das contas está vinculada a Yevgeny Prigozhin, que foi acusado nos Estados Unidos em relação à campanha para interferir nas eleições presidenciais de 2016.

"Cada uma dessas operações criou redes de contas para confundir outros sobre quem eram e o que estavam fazendo", disse em um comunicado o chefe de cibersegurança do Facebook, Nathaniel Gleicher.

As contas criadas na Rússia estavam orientadas a Madagascar, República Centro-Africana, Moçambique, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Camarões, Sudão e Líbia, indicou o Facebook.

Este anúncio é o último de uma campanha lançada pelo Facebook para frear a influência estrangeira nos Estados Unidos e em outras partes do mundo.

No total, a rede social eliminou 35 contas, 53 páginas, sete grupos e cinco contas de Instagram.

A campanha conseguiu 475.000 seguidores a uma ou mais das contas eliminadas e cerca de 450 pessoas eram membros de um ou mais grupos.

Para isso, os responsáveis haviam gastado 77.000 dólares no Facebook.

A primeira publicidade apareceu em abril de 2018 e a última em outubro de 2019.

"Estamos trabalhando constantemente para detectar e deter este tipo de atividade porque não queremos que nossos serviços sejam usados para manipular as pessoas", disse Gleicher.

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