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Facebook diz que EUA solicitaram dados de 18 mil usuários

O representante legal do Facebook, que não especificou até que ponto forneceu informações particulares, afirmou que a empresa sempre tenta proteger a privacidade dos usuários


	Facebook: a rede social disse que vai continuar pressionando pela defesa da privacidade de seus usuários e para promover a transparência
 (Lucas Jackson/Reuters)

Facebook: a rede social disse que vai continuar pressionando pela defesa da privacidade de seus usuários e para promover a transparência (Lucas Jackson/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2013 às 09h32.

Washington - O Facebook revelou nesta sexta-feira detalhes sobre os pedidos de informações privadas feitos pelo governo dos Estados Unidos e garantiu que as solicitações afetaram entre 18 mil e 19 mil contas, o que a rede social considera "uma pequena fração" dos mais de um bilhão de usuários.

Em comunicado, o Facebook detalhou que desde 31 de dezembro de 2012 recebeu entre 9 mil e 10 mil pedidos de informações privadas por parte das autoridades, desde solicitações da polícia local, em nível estadual e federal, e relativas a questões de segurança nacional.

Esses pedidos afetaram entre 18 mil e 19 mil usuários, um número que o Facebook considerou como "uma pequena fração" de seus 1,1 bilhão de usuários em nível mundial e que, disse, vai colocar "em perspectiva as falsas afirmações" que surgiram em alguns meios de comunicação.

O representante legal do Facebook, Ted Ullyot, que não especificou até que ponto forneceu informações particulares, afirmou que a empresa sempre tenta proteger a privacidade dos usuários nestas solicitações.

Ullyot disse que, até o momento, as autoridades não permitem a revelação de dados específicos, de modo que, por exemplo, possam separar somente aqueles que afetam à segurança nacional e que são autorizados sob a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa).

Na semana passada, os jornais "The Guardian" (Reino Unido) e "The Washington Post" (EUA) revelaram dois programas de espionagem com participação da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, um afetava registros telefônicos e o outro as empresas de internet.

Este último, conhecido como PRISM, supostamente permite o acesso direto aos servidores de nove das maiores empresas de internet dos EUA, como Google, Facebook, Microsoft e Apple.

O Facebook, que negou desde o princípio que permite o acesso direto aos seus servidores, disse hoje que "os casos que afetam a segurança nacional são em sua natureza classificados e muito delicados e tradicionalmente existem limites, inclusive, para reconhecer a recepção destes pedidos".

A rede social disse que vai continuar pressionando pela defesa da privacidade de seus usuários e para promover a transparência.

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