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Facebook desativará opção de excluir raças na publicidade

Facebook anunciou que irá desativar a opção que permite que os anunciantes excluam certas raças de sua segmentação

Facebook: opção que permite que anunciantes excluam certas raças será desativada (David Paul Morris/Bloomberg)

Facebook: opção que permite que anunciantes excluam certas raças será desativada (David Paul Morris/Bloomberg)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 12h58.

O Facebook anunciou que irá desativar a opção que permite que os anunciantes excluam certas raças de sua segmentação, dando mais um passo para abordar preocupações sobre anúncios potencialmente racistas.

A diretora de operações da empresa, Sheryl Sandberg, anunciou a medida em uma carta ao Congressional Black Caucus, com o qual ela se reuniu no início do ano. A opção será desativada “até podermos nos assegurar melhor de que nossas ferramentas não serão usadas de forma inapropriada”, disse ela. O grupo de parlamentares negros dos EUA havia mostrado preocupação com uma série de questões, desde a segmentação de anúncios, exposta primeiro pela ProPublica, até os esforços do Facebook em relação à diversidade no ambiente de trabalho.

Sandberg disse que a empresa reforçou as regras destinadas aos anunciantes em geral, especialmente no que diz respeito a conteúdos divisivos e discriminatórios, como anúncios que mostram violência, vendem armas ou atacam pessoas com base em sua raça ou religião. O Facebook anunciou que está contratando mais pessoas negras e hispânicas para sua equipe internacional de análise de anúncios, que será ampliada em 1.000 pessoas no ano que vem.

“Isso ajudará a aumentar a diversidade de nossa força de trabalho e a melhorar nossa compreensão e percepção sobre anúncios pensados para explorar questões culturalmente sensíveis”, disse ela.

A empresa atualmente conta com 7.500 pessoas globalmente para remoção de conteúdo contrário aos padrões de sua comunidade, que estão sendo aplicados de forma mais rígida. Por exemplo, qualquer discurso violento direcionado a pessoas com “características protegidas” pode ser retirado. Sandberg não definiu as características protegidas, mas deu o exemplo de um ataque a uma mulher com base em seu gênero.

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