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Facebook concorda em pagar US$ 725 milhões para resolver processo de privacidade

O Facebook não admitiu nenhuma irregularidade como parte do acordo, que ainda precisa ser aprovado por um juiz de São Francisco

O valor do acordo foi divulgado na noite de quinta-feira, 2, após um processo judicial (Thomas Trutschel/Getty Images)

O valor do acordo foi divulgado na noite de quinta-feira, 2, após um processo judicial (Thomas Trutschel/Getty Images)

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AFP

Publicado em 23 de dezembro de 2022 às 14h05.

Última atualização em 23 de dezembro de 2022 às 14h12.

A empresa matriz do Facebook, Meta, concordou em pagar US$ 725 milhões para resolver um processo de 2018 que acusava a rede social de permitir que terceiros, como a Cambridge Analytica, acessassem os dados privados dos usuários.

O valor do acordo foi divulgado na noite de quinta-feira, 2, após um processo judicial.

"O acordo proposto de US$ 725 milhões é a maior demanda já alcançada em uma ação coletiva de privacidade de dados e o máximo que o Facebook já pagou para encerrar uma ação coletiva privada", disseram os advogados dos demandantes no processo.

O Facebook não admitiu nenhuma irregularidade como parte do acordo, que ainda precisa ser aprovado por um juiz de São Francisco.

"Estamos buscando um acordo porque é do interesse de nossa comunidade e de nossos acionistas", declarou a porta-voz da Meta, Dina El-Kassaby Luce, em comunicado.

"Nos últimos três anos, revisamos nossa abordagem quanto à privacidade e implementamos um programa abrangente de privacidade", acrescentou.

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Foi noticiado, em agosto, que o Facebook havia chegado a um acordo preliminar, embora os termos e valores não tenham sido divulgados na época.

Em 2018, no início do processo, os usuários do Facebook acusaram a rede social de violar as regras de privacidade ao compartilhar seus dados com terceiros, inclusive com a empresa britânica Cambridge Analytica, vinculada à campanha presidencial de Donald Trump em 2016.

A Cambridge Analytica, que desde então fechou as portas, coletou e explorou os dados pessoais de 87 milhões de usuários do Facebook sem o consentimento deles, de acordo com o processo.

Essas informações teriam sido usadas no desenvolvimento de um software para orientar os eleitores americanos a favor de Trump.

O Facebook, então, removeu o acesso de milhares de aplicativos suspeitos de abusar de seus dados, restringiu a quantidade de informações disponíveis aos desenvolvedores e tornou mais fácil para os usuários regular as restrições sobre compartilhamento de dados pessoais.

Em 2019, as autoridades federais multaram o Facebook em US$ 5 bilhões por enganar seus usuários e impuseram uma supervisão independente da gestão de dados pessoais da rede social.

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