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Facebook começa a avisar usuários que tiveram dados vazados

ÀS SETE - Ao todo, 87 milhões de usuários tiveram seus dados usados pela Cambridge Analytica, no considerado maior escândalo já cometido pela rede social

Facebook: o comunicado, feito no fim da semana passada, é mais uma ação da rede social para tentar juntar os cacos de sua credibilidade (Justin Sulliva/Getty Images)

Facebook: o comunicado, feito no fim da semana passada, é mais uma ação da rede social para tentar juntar os cacos de sua credibilidade (Justin Sulliva/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2018 às 06h35.

Última atualização em 9 de abril de 2018 às 07h27.

A partir desta segunda-feira, os usuários que tiveram seus dados vazados serão informados pelo Facebook. O comunicado, feito no fim da semana passada, é mais uma ação da rede social para tentar juntar os cacos de sua credibilidade.

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Ao todo, 87 milhões de usuários tiveram seus dados usados pela consultoria britânica Cambridge Analytica, no considerado maior escândalo já cometido pela rede social.

Os dados, obtidos a partir de um teste de personalidades, foi utilizado pela consultoria durante a campanha eleitoral do atual presidente americano Donald Trump.

Países como Filipinas, Indonésia e Reino Unido tiveram informações de mais de 1 milhão de contas varridas. O Brasil ficou entre os 10 principais territórios afetados. Mas o mais afetado foi definitivamente os Estados Unidos, com 70 milhões de usuários com informações manipuladas.

Com o escândalo, as ações da companhia sofreram uma queda de 12,85% em menos de um mês, um golpe de mais de 100 bilhões de dólares em valor de mercado.

Uma campanha em outras redes sociais sugeriu que usuários deletassem o Facebook, e manifestantes foram protestar, em frente à sede da empresa, no estado americano da Califórnia.

Para tentar recuperar sua reputação, a rede social anunciou, nas últimas semanas, algumas medidas para conter novos vazamentos ou uso irregular de dados.

Entre elas estão uma nova ferramenta que permite desconectar perfil dos usuários, o fim de parcerias com grandes corretores de dados que ajudam anunciantes a traçar perfis das pessoas na rede social, a verificação de anunciantes políticos e a verificação de grandes contas.

As novas ações tentam antecipar uma semana de intenso escrutínio político. Executivos do Facebook vão dar seus depoimentos nas investigações que ocorrem no Reino Unido e nos Estados Unidos.

O primeiro e mais esperado será o depoimento do presidente-executivo e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que depõe na terça-feira para Congresso americano.

No fim do mês, o vice-presidente de Tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer, vai responder a perguntas de parlamentares britânicos. Por idealismo ou pragmatismo, o Facebook está mudando.

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