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Facebook busca evitar rumores, mas agora sobre a própria empresa

A companhia de Mark Zuckerberg tem um aplicativo capaz de rastrear rumores disseminados em suas plataformas

Facebook: empresa desenvolveu um aplicativo capaz de rastrear conteúdo falso na plataforma, mas somente sobre a própria companhia (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Facebook: empresa desenvolveu um aplicativo capaz de rastrear conteúdo falso na plataforma, mas somente sobre a própria companhia (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 8 de julho de 2019 às 15h17.

São Paulo – Não é novidade que o Facebook está em uma guerra contra a disseminação de conteúdo falso na internet, principalmente nas plataformas sociais que controla, como a rede social homônima, o Instagram e o aplicativo de mensagens WhatsApp. Agora, Mark Zuckerberg está intensificando o combate contra as notícias falsas (fake news), mas somente aquelas que tratam sobre rumores sobre a sua própria empresa.

De acordo com a Bloomberg, a companhia de Menlo Park, na Califórnia, desenvolveu um programa de computador capaz de rastrear notícias mentirosas sobre a companhia e que são compartilhadas nas plataformas que controla. Chamado de Stormtracker, o software foi criado em 2016 e está em uso desde então.

O aplicativo busca por conteúdo que vai desde rumores sobre o futuro da empresa até golpes que pedem que usuários publiquem ou compartilhem algum conteúdo específico em seus perfis. Outra utilização se dá pela pesquisa por fotos e vídeos que de alguma forma podem afetar a imagem de Zuckerberg, como memes e piadas.

Para funcionar, o programa rastreia palavras-chave em publicações. Por isso, segundo a própria empresa, o Stormtracker não é usada contra notícias falsas no geral, apenas aquelas que de alguma forma envolvem o Facebook e suas redes sociais e aplicativos. "Nós não usamos essa ferramenta para combater fake news. Ela não foi feita para isso", afirmou um porta-voz da companhia.

Apesar disso, não é de hoje que o Facebook declarou guerra contra a disseminação de conteúdo falso. Nas eleições americanas de 2017, a rede social foi acusada de não tomar medidas eficientes para evitar que conteúdo falso fosse disseminado na plataforma favorecendo o candidato republicano Donald Trump.

Segundo uma pesquisa feita pela The National Bureau of Economic Research, notícias falsas favorecendo candidato foram compartilhadas 30 milhões de vezes na rede social. Hillary Clinton, democrata que saiu derrotada na corrida presidencial, teve 8 milhões de postagens com rumores compartilhadas ao seu favor.

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