. (Thomas White/Getty Images)
EFE
Publicado em 28 de março de 2019 às 11h58.
Última atualização em 28 de março de 2019 às 12h42.
O Facebook anunciou nesta quarta-feira que banirá conteúdos que exaltem ou fomentem o nacionalismo e o separatismo brancos nessa rede social e no Instagram, duas semanas depois do massacre de 50 pessoas em duas mesquitas da Nova Zelândia cometido por um supremacista.
"Anunciamos hoje a proibição das mensagens de exaltação, apoio e representação do nacionalismo e do separatismo brancos no Facebook e no Instagram, que começaremos a aplicar na próxima semana. Está claro que esses conceitos estão profundamente ligados a grupos de ódio e eles não têm espaço em nossos serviços. As nossas políticas sempre proibiram o ódio a seres humanos com base em caraterísticas como raça, etnia ou religião, o que sempre incluiu o supremacismo branco", informou a empresa.
A companhia dirigida por Mark Zuckerberg disse que em um primeiro momento não aplicou o mesmo critério ao nacionalismo e ao separatismo porque tinham em mente "conceitos amplos de nacionalismo e separatismo, como o orgulho nacional americano e o separatismo basco, que são partes importantes da identidade das pessoas".
O nacionalismo branco é uma ideologia política que entende que existe uma identidade nacional própria da raça branca e que os brancos devem garantir a sobrevivência dela nos seus países.
O separatismo branco, por sua vez, é um movimento social que defende que pessoas brancas devem ficar separadas de pessoas de demais raças, sem necessariamente envolver dominação.
O supremacismo branco (que já estava proibido no Facebook), por outro lado, defende que brancos são superiores, e por isso devem exercer posição de domínio com relação aos outros.
"De agora em diante, as pessoas ainda poderão demonstrar orgulho por sua filiação étnica, mas não toleraremos elogios ou apoios ao nacionalismo e ao separatismo brancos", lembrou o comunicado da empresa.
O Facebook foi extremamente criticado por não ter detectado e eliminado a tempo o vídeo dos assassinatos nas mesquitas na Nova Zelândia, que foi transmitido ao vivo na plataforma e visualizado quatro mil vezes antes de as imagens saírem do ar. Posteriormente, internautas tentaram, com e sem sucesso, colocar novamente o conteúdo online mais de um milhão de vezes, pelo menos.