(DVrcan e EXAME.com/Thinkstock)
Victor Caputo
Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 05h55.
Última atualização em 13 de janeiro de 2017 às 05h55.
São Paulo – Entre os grandes produtos de exportação de Montenegro estão alumínio, barcos, carne de porco e domínios de internet. Assim como o Brasil é o país dos domínios com “.br”, Montenegro é quem tem direito sobre o “.me”.
A administração disso acabou virando um grande negócio. Esse trabalho é feito por uma joint-venture, a doMEn Ltd., formada por três empresas: GoDaddy, Afilias Limited e ME-net. Essa joint-venture conseguiu um acordo bastante interessante com o governo de Montenegro e tem o direito de administrar os registro de sites .me.
Inicialmente, o acordo era de cinco anos, mas já foi prorrogado até 2023. Desde a sua criação, o uso de domínio com final .me acabou se popularizando bastante ao redor do mundo.
O resultado disso é que a comercialização de domínios .me para fora de Montenegro virou parte essencial de suas importações. Em números: em 2015, entraram 317,2 milhões de euros como resultado de exportações, conforme apurou o TechCrunch.
Também em 2015, o CEO da joint-venture afirmou que a receita vinda de domínios .me foi de 6,5 milhões de euros. Ou seja, cerca de 2% do dinheiro vindo por exportações em Montenegro foi com a venda de domínios.
No ano passado, o número de registros com .me ultrapassou a marca de um milhão--para comparação, o país tem menos de 700 mil habitantes.
De acordo com a administradora, 99% dos registros com final .me são feitos para sites estrangeiros. O país com maior número de registro de domínios com essa terminação são os EUA, com 35,58% dos registros. Em seguida vem a China com 31,36%.
A partir daí, a distribuição fica mais pulverizada, com países como Reino Unido (com 3,91%), Canadá (com 3,22%) e Alemanha (com 2,61%) na lista.
A terminação .me, por exemplo, foi adotada pelo Facebook para seu encurtador de URL. Outro encurtador, o Migre.Me também usa a terminação.