Redação Exame
Publicado em 10 de maio de 2024 às 15h08.
Última atualização em 10 de maio de 2024 às 15h25.
A chefe de relações públicas da chinesa Baidu que viralizou nas últimas semanas com vídeos em que fazia pouco caso do bem-estar dos funcionários, pediu demissão.
Qu Jing deixou o cargo nesta quinta-feira após postar pelo menos quatro vídeos em que falava sobre manter o celular ligado 24 horas por dia, além de dar broncas em seus subordinados. Ela pregava com veemência a chamada cultura 996 — trabalho das 9h às 21h, seis dias por semana,
“Eu não sou sua mãe. Só me importo com os resultados”, disse um dos vídeos no Douyin, versão chinesa do TikTok “Posso te deixar desempregado nessa indústria”, falou em outro vídeo.
Os comentários, claro, repercutiram nas redes sociais chineses e reacenderam o debate sobre as pesadas exigências impostas pela indústria de tecnologia aos jovens.
Embora a executiva tenha recebido muitas críticas, outras pessoas foram às redes dizer que Qu, na verdade, apenas “falava a verdade” de um setor que luta para crescer.
O governo chinês vem alertando sobre o trabalho excessivo desde o período da pandemia, embora a prática continue, ainda mais num cenário de desaceleração econômica pelo qual passa o país.